quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A democracia é o melhor instrumento para impedir a tirania e tragédias como o Holocausto, afirma Dilma



Em solenidade alusiva ao Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, nesta terça-feira (30), em Brasília, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que o melhor instrumento para impedir a tirania e tragédias como o Holocausto é a democracia. Dilma também disse que não se pode esquecer momentos difíceis da história brasileira como os 300 anos de escravidão e os anos de ditadura.
“O Holocausto é necessariamente para nós brasileiros algo que tem que ser objeto da memória e da verdade (…) Nós somos capazes como nação, de construir uma grande riqueza que é nos desenvolver tendo um profundo respeito pelos direitos humanos na construção da democracia. Isso não significa que nós podemos deixar de avaliar, de conhecer, de estudar as mais dolorosas lições da história humana. Pelo contrário, é sobretudo por isso mesmo e para que nós nunca esqueçamos, é que é necessário lembrar, repetir, sistematicamente, para impedir que isso se repita”, afirmou.
O evento prestou homenageou o embaixador brasileiro na França, Souza Dantas, e Aracy Guimarães Rosa, funcionária do consulado em Hamburgo, que salvaram milhares de judeus ao emitir vistos para que pudessem vir para o Brasil. O dia 27 de janeiro foi escolhido pela Assembleia Geral da ONU para a homenagem e faz alusão à libertação pelas tropas soviéticas do campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia.
Segundo Dilma, Dantas e Aracy tiveram coragem de enfrentar a tirania, diante da guerra, da morte, do extermínio. Para a presidenta, eles foram capazes de se levantar e proclamar a legalidade da condição humana, mesmo enfrentando riscos ao emitir os passaportes que salvaram a vida de judeus nas décadas de 1930 e 1940. “Há sempre esperança, por causa da capacidade de coragem diante de tanta barbárie. Honraram o Brasil e dignificaram a humanidade”, completou.
Carta de Shimon Peres
Rafael Eldad, embaixador de Israel no Brasil, leu carta enviada pelo presidente israelense, Shimon Peres, em que enviou as “mais sinceras condolências às famílias das vítimas e a todo o povo brasileiro” pela tragédia ocorrida em Santa Maria, no último fim de semana. Peres afirmou ainda afirmou estar “consternado e profundamente triste”. Finalizou dizendo: “Nossos corações estão com todos vocês neste momento de luto, enquanto inclinamos nossas cabeças e oramos juntos diante de tanta perda”.

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