quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Ineficiência do Estado: Mortes de mulheres chegaram a 560 no ano passado e já despontam em 2013



 
Rogéria Araújo
Jornalista da Adital
Adital
Num país já marcado pela violência durante o conflito armado interno, como é o caso da Guatemala, o Estado ainda não consegue proteger sua população. É o que indica números alarmantes de mulheres que foram assassinadas em 2012, cujo total é de 560 mortes. Em 2011, o número foi maior: 631 mortes. Diante desta realidade, a Anistia Internacional se manifestou e, em comunicado, afirmou que as autoridades guatemaltecas colocam a população feminina em perigo sistematicamente ao não garantir proteção e segurança.
A motivação deste comunicado teve como base quatro assassinatos já notificados neste começo de 2013, o de duas meninas e duas mulheres em pontos diferentes da capital.
Conforme recorda a AI, mesmo com uma lei que tipifica os delitos de violência contra as mulheres e cria mecanismos especiais para deter os assassinatos em decorrência de gênero, as mortes continuam cotidianamente sem que os responsáveis sejam devidamente punidos. De acordo com a organização, apenas 4% de todos os casos de homicídio são resolvidos com condenações.
"Não houve nenhuma diminuição dos casos de homicídio de mulheres que se registram todos os meses, apesar da vergonha nacional que isso supõe para a Guatemala. Milhares de casos de homicídio de mulheres e meninas ocorridos na década passada estão sem ser resolvidos ou foram arquivados devido à falta de eficiência”, declarou Sebastián Elgueta, pesquisador da Anistia Internacional sobre a Guatamela.
Conforme se posicionou a AI, o Governo deve tomar medidas urgentes diminuir a violência no país, realizando investigações adequadas e punindo os responsáveis pelos crimes.
Conflito interno
Entre 1960 e 1996, a Guatemala sofreu com um conflito armado interno, onde a violência extremada ainda deixa resquícios até os dias atuais. Alguns dados indicam que 45 mil pessoas desapareceram durante este período.
Confira também a entrevista com a Associação de Mulheres da Guatemala:

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