terça-feira, 4 de junho de 2013

Obesidade infantil, o novo desafio da Pastoral da Criança


Pastoral da Criança
Adital
A obesidade infantil é hoje um dos principais problemas enfrentados pela Pastoral da Criança. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 16% dos meninos e 12% das meninas com idades entre cinco e nove anos estão obesas no Brasil, quatro vezes mais do que há 20 anos.
Em Santa Maria, a Pastoral da Criança está presente há 28 anos. Na Arquidiocese, acompanha 3.488 crianças de zero a seis anos em 21 municípios. O combate a desnutrição era a principal meta no início do projeto. Hoje, o desafio maior é controlar a obesidade dos pequenos.
Segundo a irmã Lourdes Mariotto, coordenadora da Pastoral da Criança no município de Pinhal Grande, os casos de obesidade infantil são cada vez mais frequentes.
- A obesidade pode ser decorrente de uma má alimentação, falta de atividade física ou ter origem hereditária. De qualquer forma, no trabalho diário observamos que crianças obesas não têm a mesma força física de uma criança gordinha normal e isso nos preocupa - relata irmã Lourdes.
Os coordenadores da Pastoral receberam capacitação de profissionais de saúde, ensinamentos que posteriormente são transmitidos aos líderes das comunidades que realizam o trabalho junto às famílias. A obesidade tem sido enfrentada com base na informação direta aos pais.
Nos salões comunitários é realizada a pesagem e a medida da altura das crianças. Logo depois, os dados são colocados em um programa de computador que calcula o índice de massa corporal (IMC). Dependendo do resultado, o responsável pela criança recebe um pequeno folder com as providências que devem ser tomadas.
Nos casos mais graves, com ganho de peso mês a mês, os pais são aconselhados a levar a criança na Unidade Básica de Saúde para consultar com um médico. Já para aqueles que são constatados com sobrepeso na primeira medida, a indicação é para evitar alimentos com muito açúcar e gordura, como biscoitos recheados, sorvetes, pudins, balas, refrigerante, chocolate, entre outros.
Em 11 de maio, crianças do bairro Alberto Pasqualini, na periferia de Pinhal Grande, passaram pela avaliação da Pastoral da Criança. Dos seis pequenos avaliados, um tinha sobrepeso.
Não foi o caso da pequena Sheila Silva, 3 anos, que estava acompanhada pelo pai, o funcionário público Gelso da Silva.
- Se a gente deixar, a Sheila come bolachinhas e refrigerante o dia inteiro. Mas lá em casa já é regra, refrigerante só no final de semana - garante Gelso.
Os dados de IMC são posteriormente enviados para o sistema nacional da Pastoral da Criança, que realiza o acompanhamento à distância. Em Pinhal Grande, a função de digitadora do projeto é exercida pela funcionária pública Teresinha Cancian.
- É preciso dar a orientação às famílias para que depois não ocorra um problema mais sério com as crianças que estão com sobrepeso - prevê Teresinha.
Estudos da Sociedade Brasileira de Cardiologia apontam que crianças obesas têm oito vezes mais chances de desenvolver hipertensão. O problema é ainda maior se a obesidade vier acompanhada de colesterol alto e diabetes.
Mais informações sobre a Pastoral da Criança podem ser obtidas no Centro Diocesano de Pastoral, Rua Professor Braga, 108, Centro de Santa Maria, e também pelos fones (55) 3028-3842 ou (55) 9978-7222.
Maiquel Rosauro, jornalista (MTb/RS 13334)
Assessor de imprensa voluntário da Pastoral da Criança da Arquidiocese de Santa Maria
(55) 9681-1384 ou (55) 3219-4435
http://www.facebook.com/maiquel

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