Silvio Carlos Cristofoletti Junior fala sobre as técnicas de melhoramento genético da cana-de-açúcar

O Projeto AGROdestaque divulga as contribuições que o egresso da Escola Superior de Agricultura"Luiz de Queiroz" (USP/ESALQ) realiza nas Ciências Agrárias, Ambientais e Sociais Aplicadas. Consiste em uma entrevista em formato ping-pong, na qual é possível obter informações sobre oegresso – breve currículo, demandas da área em que atua e opiniões acerca de aspectos relacionados ao mercado profissional.

Além da publicação nos sites da Escola (www.esalq.usp.br/acom/agrodestaque) e da Associação dos Ex-alunos da ESALQ (ADEALQ) (www.adealq.org.br/), o material é disponibilizado como sugestãode pauta aos veículos de comunicação da USP, de Piracicaba e região, bem como aos profissionais damídia especializada. Segue entrevista com Silvio Carlos Cristofoletti Junior, formado em Engenharia Agronômica em 2007.

Atuação profissional

Formou-se em 2007 e, desde então atua na área de pesquisa ligada ao melhoramento genético da cana-de-açúcar no Centro de Tecnologia Canavieira (CTC). Em 2010, retornou à ESALQ, para cursar o mestrado na área de Fisiologia e Bioquímica de Plantas, também com cana-de-açúcar.

Em que setor desenvolve suas atividades, e qual a importância delas para o mercado?Atualmente, ocupo cargo de pesquisador no setor de melhoramento genético, trabalhando na caracterização de eventos de cana-de-açúcar transgênicos em estufa e campo. A importância desse setor para o mercado é notável por se tratar de uma nova tecnologia, qual trará ganhos para o produtor no que diz respeito à tolerância a pragas e estresses ambientais, aliada ao aumento da produtividade. Essa tecnologia é também de relevância para o avanço da ciência, principalmente no Brasil. Além disso, essa ferramenta aliada ao melhoramento convencional será de grande importância na redução do tempo de seleção de variedades.

Quais os principais desafios desse setor?O profissional do setor deve estar sempre atualizado e ser bastante dinâmico, pois novas tecnologias surgem constantemente. Além disso é preciso entender como é o comportamento das variedades de cana-de-açúcar em campo para que possamos selecionar e desenvolver cultivares melhores das que já estão disponíveis no mercado. Outra questão é que, trabalhando com melhoramento genético, temos que criar cenários e conseguir captar quais serão as demandas daqui a 5, 10 anos, o que torna nosso trabalho cada vez mais desafiador.

Que tipo de profissional esse mercado espera?

O mercado espera profissionais que, primeiramente, gostem daquilo que fazem, pois assim podemos transformar as dificuldades em desafios e obstáculos vencidos. Além disso, o mercado precisa de profissionais com boa formação e personalidade proativa, pois o setor sucroenergético é muito dinâmico.

Entrevista concedida à Lucas Jacinto

Estagiário de Jornalismo

07/06/13

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