Enquanto o mercado internacional se revigora, o Brasil almeja se tornar, até 2017, o sétimo maior produtor mundial de ouro. O país ocupa, hoje, a 11ª posição.
Henrique Kugler
Henrique Kugler
Serra Pelada (PA). A descoberta de reservas de ouro no local, em 1979, desencadeou uma ávida corrida por esse metal. A produção nacional de ouro disparou, chegando, no fim da década de 1980, a mais de 100 toneladas anuais.
Poucos sabem, mas nesses séculos que se passaram já era comum o emprego do mercúrio metálico nos processos de lavra. “Calcula-se que 200 mil toneladas desse metal foram emitidas para o ecossistema amazônico entre 1540 e 1900”, diz o biólogo Wanderley Bastos, da Universidade Federal de Rondônia (Unir).
Calcula-se que 200 mil toneladas de mercúrio foram emitidas para o ecossistema amazônico entre 1540 e 1900
Mas foi em 1979 que o Brasil experimentou seu maior ímpeto garimpeiro: a corrida do ouro iniciada com a descoberta das reservas de Serra Pelada (PA). Muitos enriqueceram. E muitos mais deixaram a vida na busca inglória do sonho dourado.
Nesse momento histórico – imortalizado nas fotografias de Sebastião Salgado – a produção nacional de ouro disparou de, em média, 20 toneladas por ano para atingir, aos fins da década de 1980, mais de 100 toneladas anuais.
Os anos 1990, porém, já não foram tão reluzentes. Houve declínio na produção e chegamos a 2003 com o índice mais baixo das últimas três décadas. Naquele ano, foram desenterradas ‘apenas’ 40 toneladas de ouro.
Hoje, entretanto, o mercado internacional dá sinais de renovado vigor. Desde 2005, o Brasil tem produzido mais ano a ano. Foram 62 toneladas em 2010, e 65 em 2011 – recorde dos últimos tempos. (Lembrando, é claro, que são números oficiais. Ou seja, contabilizam apenas o ouro extraído sob os auspícios da lei).
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