quinta-feira, 29 de março de 2012

MAX MAURO 2


27 DE NOVEMBRO DE 1989
Está no Espírito Santo o padre jesuíta Humberto Pietrogrande, um italiano de nascimento mas brasileiro por opção de vida. Este padre fundou aqui no nosso Estado, há 21 anos o Mepes (Movimento de Educação Promocional do Espírito Santo), uma entidade que congrega diversas creches, um hospital, um centro de formação de monitores para 11 Escolas Famílias Agrícolas (EFAs) de 1º grau e duas de 2º grau, espalhadas por todo Estado.
O registro que fazemos é pelo fato de que estas EFAs, como são conhecidas, possuem uma educação voltada para fixar o homem no campo. Já são centenas de jovens que passaram pelas EFAs. Hoje mais de 90% permanece no seu lugar de origem. Hoje eles vivem em melhor situação e não engrossam as filas do êxodo rural e da natural marginalidade. Eles tiveram uma oportunidade na vida: Mepes.
O Estado deve muito ao padre Humberto e ao Mepes. O correto seria que a contabilidade Espírito Santo X padre Humberto não apresentasse a sociedade capixaba como devedora. Quando falamos sociedade capixaba queremos dizer: Governo do Estado e Governos Municipais. Eles são devedores da primeira hora e de longa data.
Com um grande serviço prestado ao Espírito Santo e ainda prestando a sua colaboração, ficamos tristes em ver o Mepes ser tratado com tamanho desprezo. Existem exceções, é verdade.
Talvez por ser uma entidade constituída de agricultores e também estar voltada para o homem do campo, que o Mepes não tem o devido valor. Ficamos a pensar se essa gente do Mepes se metesse a fazer propostas fantasiosas e projetos urbanos, se o tratamento não seria outro. Não existe a menor dúvida desta situação.
O que se deseja é um tratamento de respeito e dentro de uma normalidade. O meio rural não pode continuar a ter tratamento do tipo que é dispensado ao Mepes.
Não é possível que quem comanda não percebe que o Mepes não pode ficara rodar como pedinte com pires na mão, a pegar migalhas. Esta gente tem uma tarefa muito grande a fazer. Esta gente tem um compromisso a cumprir, principalmente para suprir a ausência do Poder Público. Esta gente é uma gente de valor,  criada na luta da vida e formada no trabalho do dia a dia, porque:
ESTÃO UNIDOS NA ALEGRIA, NA DOR, NA SOLIDARIEDADE, NA VIVÊNCIA E POR TODA VIDA... PORQUE SÃO IRMÃOS NO MESMO IDEAL, DE SERVIR SEMPRE.  OMITIR NUNCA.

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