sexta-feira, 30 de março de 2012

MAX MAURO 3


17 ABRIL DE 1990
Vinte e dois anos são passados e muitas mãos construíram o mais autentico movimento educacional do Espírito Santo.
Foram anos de luta e de trabalho. Anos de trabalho anônimo, de pessoas que nunca mediram esforços, não mediram o dia e a noite, era o Mepes em gestação.
Foram brasileiros e italianos que tijolo a tijolo ergueram uma fortaleza, não de guerra, mas de Paz.
Uma ação multinacional, mas não vendo o lucro sair do sangue de um povo. Uma ação multinacional construída e sedimentada no amor e na solidariedade.
Hoje são 13 EFAs, 11 creches, um hospital, um Centro de Formação de Montores e uma idéia que se alastra pelo Brasil afora.
São homens e mulheres que lutaram e ainda lutam para levar ao homem do campo um tratamento mais justo.
É uma obra feita com pessoas como Taques, Giusti, Lulu Boldrini, Jocelina Nogueira e tantos outros, que a fatalidade da vida levou do nosso convívio. Esta é a gente do Mepes.
São pessoas como Verino Sossai e Valdízio Barbosa dos Santos, que ergueram EFAs, mas que por força da ganância do latifúndio, foram apiadas da caminhada da vida. Esta é a gente do Mepes.
Hoje o Mepes é uma brilhante realidade.
Hoje é fácil falar sobre o Mepes. Hoje é fácil elogiar este trabalho comunitário. Hoje é fácil escrever teses sobre a caminhada do Mepes. Hoje é fácil e muito simples aplaudir o Mepes.
Mas ontem foi pesado o fardo de fazer funcionar a escola diferente.
Teve época que era perigoso falar em libertação pela educação.
Teve época de fogo cerrado, de provocações e de lutas.
Se mergulharmos na história da vida do Mepes, vamos encontrar em cada comunidade, em cada atividade e em cada EFA exemplos de dedicação e determinação diante do próximo e da coletividade.
Podemos pinçar neste universo o nome de muitos, mas hoje queremos fazer um destaque para uma pessoa que sempre esteve engajada no Mepes, antes mesmo do seu nascimento.
Hoje queremos homenagear uma família que tem nestes anos lutado e dividido o seu pão com o Mepes. Isto mesmo, dividindo o seu pão e a sua mesa.
Gente lutadora. Gente simples. Gente de personalidade.
Gente de fibra, gente que unida dá mostras do quanto se é possível construir; quando se tem fé, competência, coragem e esperança.
Registramos o amor da família do pequeno proprietário e grande produtor João Martins e Dona Cici.
É gente assim que encontramos no Mepes.
Tudo o que disse, eu vi e vivi, ninguém me contou.
Por isto é que hoje confundimos a vida e a casa deles com a vida e a casa do Mepes. Gente e exemplo como o de João Martins e Dona Cici é fato normal na trajetória do Mepes.
Por isto é que o Mepes prossegue e é um renovar de: encontrar-se para conhecer-se, conhecer-se para caminhar juntos, caminhar juntos para crescer, crescer para amar mais.
Assim é quem pensa e ama esta grande obra que é o Mepes e o seu idealizador, o padre Humberto.
Por tudo isto:
VINTE E DOIS ANOS SÃO PASSADOS E MUITAS MÃOS CONSTRUÍRAM O MAIS AUTÊNTICO MOVIMENTO EDUCACIONAL DO ESPÍRITO SANTO.

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