Está em fase de estudos pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) a implantação de um centro especializado infantil paraassistência de portadores de doença celíaca, que se caracteriza pela intolerância ao glúten, uma proteína presente, sobretudo, notrigo. A notícia vem em boa hora, já que neste dia 15 de maio é lembrado o Dia Internacional do Celíaco.
A iniciativa, discutida nessa quarta-feira (09) entre o secretário da Saúde, José Tadeu Marino, e representantes da Associação dosCelíacos do Espírito Santo (Aceles), é amparada por duas portarias do Ministério da Saúde (MS). As publicações estabelecem orepasse de recursos financeiros e protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas da doença celíaca.
Segundo a presidente da Aceles, Luciana Alvarenga Alves, que participou da reunião, o secretário foi sensível ao assunto. “Elegarantiu agilidade no processo de implantação, se mostrou interessado pela proposta de poder ajudar, principalmente por serpediatra”. A ideia é disponibilizar um espaço no Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), em VilaVelha.
A Aceles existe desde 2005 e tem 250 associados. Entretanto, afirma a secretária da entidade, Jaqueline Moreira de Araújo, aestimativa é que até 2% da população capixaba sofra do mal. A doença é considerada rara, tem difícil diagnóstico. Por isso aAssociação realizará no próximo dia 15 um evento para divulgar a doença celíaca e seus sintomas, a partir das 15h30 na FaculdadeSalesiana,
em Vitória.
A doença celíaca
O glúten é uma proteína que está presente na aveia, na cevada, no centeio e trigo. O celíaco tem uma intolerância permanenteao glúten e, portanto, o tratamento se atém ao não consumo dos alimentos que contenham o componente.
Dependendo do grau de sensibilidade, até mesmo outros produtos não alimentícios que levam o glúten na composição podemtrazer prejuízos à saúde dos celíacos, como itens de limpeza, cosméticos e medicamentos.
No entanto, são os alimentos que geram problemas mais graves, como diarreia, emagrecimento, retardo de crescimento, vômitos, anemia, prisão de ventre, irritabilidade, falta de apetite e distensão abdominal. O não tratamento do problema pode levar à morte.
A dificuldade dos celíacos é conviver com as restrições relacionadas à dieta. Por isso, no Brasil, há uma legislação que reconhece aobrigatoriedade de informar em todos os alimentos industrializados a presença ou não de glúten.
O diagnóstico é feito por meio de exames específicos. Geralmente ela se manifesta em crianças de até um ano de idade a partir domomento em que incluem na refeição alimentos compostos por glúten.
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