Agência Safras
Fábio Rübenich
Uma boa safra de café começa por uma boa florada. E este deverá ser o caso do Paraná na safra 2013/14, caso o clima não atrapalhe daqui em diante. Segundo o economista Paulo Sérgio Franzini, responsável pela área de café do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), a florada nos cafezais do estado foi intensa, uniforme, beneficiada pelo clima favorável, ao contrário do que ocorrera no ano passado.
Devido às geadas de junho de 2011, à estiagem de janeiro e dezembro e, ainda, porque várias lavouras foram remanejadas com podas e não tiveram colheita em 2012/13, o Paraná obteve uma safra pequena de café neste ano de 2012, invertendo o ciclo do café arábica, que era para ser de alta. A produção atingiu cerca de 1,6 milhão de sacas de 60 quilos, sendo que o normal para um ano "cheio" seria dois milhões de sacas.
Conforme Franzini, a perspectiva para o ano que vem é boa, caso algumas variáveis não venham a afetar a produtividade. O otimismo gerado pelas boas floradas depende da manutenção da área cultivada (alguns produtores erradicaram áreas de café, preferindo apostar na soja, que vive melhor momento no mercado) e, ainda, do comportamento do clima até o início da colheita da safra 2013/14, que acontecerá apenas no final de maio do ano que vem. "Estamos equilibrando nossas lavouras, nossa produtividade, com grande índice de renovação e de poda, ocasionando assim uma elevação do índice de áreas sem produção, cujos resultados positivos veremos mais para a frente", disse Franzini.
O Deral estará no campo em novembro realizando as entrevistas para a avaliação final da safra 2012 e para as primeiras impressões da safra 2013. Os resultados dos questionários serão enviados posteriormente para a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), que os divulgará provavelmente em dezembro.
CNC Café
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