terça-feira, 23 de outubro de 2012

Honduras muda regras de consumo interno de café




Governo, produtores, exportadores e torrefadores aglutinados no Conacafé (Conselho Nacional do Café de Honduras) determinaram liberar o mecanismo de consumo interno e ratificar o regulamento de comercialização que disciplina a compra e venda do grão nesse país centro-americano. O preço de uma embalagem de café torrado poderia variar de acordo com a cotação que o produto experimente no mercado internacional.
 
Membros da cadeia de comercialização analisam a aprovação de um novo regulamento, porém se decidiu que o vigente é suficientemente bom e harmônico para estender sua viabilidade também na safra 2012/2013. Esse regulamento contém pautas e normas para a compra e venda de café e a intenção era modificá-lo e estabelecer um teto que certificaria a devolução de garantias a produtores por parte de intermediários e exportadores.
 
Em relação ao mecanismo de consumo interno que esteve vigente até 30 de setembro passado, a determinação do Conacafé é de que ele cumpriu sua função. Agora se estabelece que a aquisição de café por parte dos torrefadores será livre, tanto em volume como em preço.
 
O diretor do Ihcafé (Instituto Hondurenho do Café), Víctor Hugo Molina, explicou que existe alta disponibilidade de café no país e, portanto, não é mais necessário estabelecer volumes de garantia para o consumo interno. "Não existe perigo de escassez, o mercado está deixando suficiente café para que os torrefadores possam comprar livremente", sustentou.
 
O mecanismo aplicado na safra 2011/12 fixava a obrigatoriedade de 250 mil quintais (191,7 mil sacas) de café ter de ficar no país, como garantia para o consumo interno, ao passo que em temporadas anteriores havia a regulamentação de preços e volumes. "Os exportadores estavam obrigados a não vender todo o grão e deixar um volume para garantir o abastecimento, agora já não se tem mais um volume específico", apontou Molina.
 
Ambas as determinações foram adotadas a duas semanas do início da colheita da safra 2012/2013, que busca alcançar a exportação de mais de 8 milhões de quintais (6,13 milhões sacas) e superar a receita de 1,5 bilhão de dólares.
 
CNC Café 

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