A pimenta-do-reino capixaba avança nas exportações e se consolida como o terceiro produto doagronegócio que mais gera divisas para o Espírito Santo, logo após celulose e café. Nos últimos anos,ultrapassou em valores exportados produtos tradicionais de comercialização internacional, comomamão, chocolates e carne bovina. Nossa pimenta já chega a dezenas de países das América,Europa, Ásia e África.
Mesmo num período de crise internacional, em que as exportações brasileiras como um todo declinam, a pimenta do reino capixaba cresce e ganha espaço no mundo. Nos últimos nove meses deste ano, os embarques internacionais desse condimento cresceram 44% em volume e 62% em geração dedivisas.
“A evolução da melhoria da qualidade da nossa pimenta, a partir de boas práticas de secagem adotadas pelos produtores, a renovação de lavouras velhas por outras mais produtivas e a redução da safra em alguns países foram fatores que abriram uma oportunidade e, nós capixabas, aproveitamos e ampliamos a nossa participação no mercado internacional dessa especiaria”, explica o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli.
Em 2012, as 5,2 mil toneladas já exportadas geraram uma receita cambial de mais U$ 33,7 milhões, ante a U$ 20,4 milhões, em relação ao mesmo período do ano passado.
O Estado do Espírito Santo produz cerca de 7 mil toneladas de pimenta-do-reino em 2,9 mil hectares cultivados, sendo o segundo produtor nacional desse condimento. Os plantios se concentram no Norte do Estado, tendo como destaque o município de São Mateus, com mais de 70% da área cultivada e da produção.
Mais de 2,4 mil propriedades rurais, a maioria de pequeno porte, produzem pimenta do reino no Espírito Santo. “O cultivo de pimenta tem grande expressão econômica e social, pois pelo menos 3 mil pessoas estão empregadas neste arranjo produtivo, e R$ 70 milhões de receita bruta circulam entre os pipericultores, a cada safra”, afirma Bergoli.
Aptidão para produzir
A região Norte do Estado do Espírito Santo é um polo tradicional de produção de pimenta-do-reino, onde há condições de clima e solo favoráveis ao cultivo. Trata-se de uma cultura típica de clima quente e úmido, se desenvolvendo bem em altitudes de até 500 metros, temperatura média entre 23ºC e 38ºC e umidade relativa entre 70% e 88%.
Um pouco de história
A pimenta-do-reino, também conhecida como pimenta-da-Índia, é uma planta trepadeira, originária da Índia, sendo a mais comum e mais importante das especiarias.
Durante os séculos XV e XVI ela motivou viagens entre a Europa e a Ásia para sua importação pelos europeus. Em Roma, chegou a ser empregada em certas ocasiões como dinheiro (moeda).
Atualmente, o seu cultivo está bem difundido em regiões de clima tropical, em latitudes de até 20°N e 20°S e altitudes de até 2.400 m.
Pimenta de qualidade
Para identificar uma pimenta-do-reino de qualidade, basta verificar se ela está branca ou clara por dentro. Nesta condição, ela conserva todos os seus óleos, e é garantia de um bom condimento e um fantástico conservante natural.
Crescimento em financiamentos pelo Bandes
Neste ano, de janeiro a setembro, mais de R$ 8 milhões foram disponibilizados pelo Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) para o cultivo pimenta-do-reino no Norte do Estado – em 240 contratos registrados. O valor já é superior ao liberado em todo o ano de 2011, pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Só em São Mateus, o município de maior destaque na produção desse condimento, foram aprovados este ano, cerca de R$ 3,7 milhões em 101 contratos.
O financiamento pode chegar até R$ 130 mil, com carência de até 60 meses e amortização de até 120 meses. Para ter acesso ao crédito do Bandes, os interessados devem procurar o consultor mais próximo ou entrar em contato pelo Bandes Atende: 0800 283 4202 ou pelo site www.bandes.com.br .
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