terça-feira, 16 de outubro de 2012

Sírio-Libanês recebe médicos egípcios



Especialistas em cirurgia abdominal no Cairo e na Palestina estão no Brasil para conhecer método de transplante de fígado.
Marcos Carrierimarcos.carrieri@anba.com.br
São Paulo – Cinco médicos egípcios que estão no Brasil para conhecer os métodos de transplante de fígado e cirurgia abdominal adotados no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, afirmaram que a medicina brasileira está entre as melhores do mundo e que o País pode ajudar no aperfeiçoamento das práticas médicas em países árabes. Desde que chegaram ao Brasil, no domingo (7), eles receberam treinamento teórico e até acompanharam alguns procedimentos adotados em pacientes do Sírio.

“Ficamos muito impressionados com esta experiência porque a técnica e a qualidade empregada aqui foi muito além das nossas expectativas. Trabalhei em vários hospitais na Europa e vi aqui um sistema administrativo e médico superior a de diversos locais que conheci”, disse o professor de cirurgia e transplante de fígado do Ahmed Teaching Hospital, no Cairo, Samir Moussa, durante visita àCâmara de Comércio Árabe Brasileira na última semana. Eles foram recebidos pelo diretor-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby, pelo diretor Toufic Sleiman e pelo executivo de relações governamentais, Tamer Mansour.

Marcos Carrieri/ANBA Marcos Carrieri/ANBA
Médicos disseram que Palestina precisa de infraestrutura
Os médicos que visitaram a Câmara Árabe vieram ao Brasil por iniciativa da Embaixada do Egito em Brasília. Segundo Moussa, eles foram enviados ao País também para representar o Ministério da Saúde do Egito. Ainda segundo os visitantes, essa viagem ao País também é o começo de um projeto que deverá durar dois anos para aperfeiçoar a qualidade dos serviços médicos na Palestina. Dos cinco médicos que estão no Brasil, três trabalham no Palestinian Medical Complex, em Ramallah.

Eles afirmaram que os métodos aplicados no Sírio-Libanês poderiam ser implantados "rapidamente" no Egito. No entanto, disseram que para que sejam realizadas cirurgias complexas como o transplante de fígado na Palestina seria preciso melhorar a infraestrutura médica da região. Os médicos afirmaram também que o Brasil e o Egito poderiam ajudar a Palestina no desenvolvimento da sua infraestrutura médica.

Dica aos brasileiros

Os médicos árabes deverão ficar em São Paulo até 28 de outubro, mas já deixaram uma dica aos brasileiros: “É uma pena que a medicina praticada e desenvolvida aqui não seja vista no exterior da forma como nós a vemos e admiramos ao visitar o Brasil. Vocês precisam fazer marketing dela”, disse Moussa.

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