Foto: solidere.com
Na última sexta-feira (21) um artigo publicado no jornal libanês Al-Akhbar expôs uma série de irregularidades na Solidere, em virtude da prestação de contas da empresa, através da emissão do relatório financeiro anual da Solidere, que não mencionava as demissões de funcionários entre outros fatores. O Al-Akhbar afirmou que a Solidere omitiu informações em seu relatório numa tentativa de polir sua própria imagem, para desviar-se de esclarecer a mudança da empresa, de inicialmente ser responsável pela construção do centro de Beirute, e hoje ser a principal envolvida nas operações relacionadas aos setores de lazer e entretenimento, supostamente resultado de parcerias políticas que visam deter propriedades públicas. Segundo o Jornal, os valores das despesas administrativas da empresa nos últimos dois anos, não correspondem com as justificativas emitidas pela Solidere para a demissão de dezenas de funcionários, onde a empresa alega estar enfrentando algumas dificuldades financeiras.
Segundo o artigo, grande parte do fundo da Solidere, concentra-se em poder de altos funcionários, com fortes conexões políticas, e que milhões de dólares são gastos para suprimir a verdade sobre as praticas duvidosas da empresa, que emprega boa parte de sua verba em subornos a jornalistas e agencias de publicidade, e que tais acusações são do conhecimento dos funcionários demitidos, que acumulam muitas outras histórias escondidas da empresa. De acordo com as fontes do Al-Khabar, a empresa ainda possui um esquema de taxa extra por cada contrato assinado, cujos valores variam de 100 a 500 mil dólares. Não o bastante, a Solidere ainda foi acusada de impor parceria a proprietários de restaurantes e cafés, que desejam abrir um negocio próprio em seu território, visando sociedade nos lucros, por intermédio de 11 empresas subsidiárias. As tais subsidiárias são acusadas de manipular setores de lazer e entretenimento na região, além de coletar salários adicionais, em virtude de membros da empresa, figurarem como conselheiros das subsidiárias.
A Solidere, por sua vez, contestou o conteúdo do artigo, afirmando que foram cometidos diversos erros graves e escandalosos na avaliação financeira da empresa, e que o relatório financeiro da empresa para os acionistas, representava a contabilidade exata de sua situação; e que o contexto político e econômico do país e da região, simplesmente foi suprimido de seus maus resultados neste ano no referido artigo, que não mencionou que as vendas, bem como os investimentos nacionais e internacionais da empresa, sofreram uma grande queda. E que as demissões de dezenas de funcionários, eram reflexos da crise econômica do país, no intuito de economizar o capital empresarial durante essa temporada, sem qualquer relação política envolvida. Em relação às afirmações de corrupção, suborno, e tentativa de silenciar funcionários, a Solidere disse que as afirmações foram equivocadas, mal intencionadas, contrárias à realidade e sem qualquer prova. A Solidere afirmou ainda, que o Al-Khabar deveria ter se informado e consultado a gestão da empresa, e os bancos envolvidos, antes de publicar um artigo falacioso.
Claudinha Rahme
Gazeta de Beirute
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