Publicado dia 26/01/2016
A produção de farinha, polvilho e panificados é forte na comunidade Nossa Senhora Aparecida - Foto: Ascom Incra/GO
A comunidade Nossa Senhora Aparecida - localizada no município de Cromínia (GO), distante cerca 80 quilômetros da capital Goiânia -, será o primeiro grupo quilombola do estado a vender alimentos para programas do Governo Federal. O documento que permite tal comercialização, a Declaração de Aptidão (DAP) ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), foi expedido pela Superintendência Regional do Incra em Goiás na última sexta-feira (22).
O representante da comunidade, Valdivino Alves da Silva, foi quem recebeu as 27 declarações entregues pelo superintendente substituto do Incra/GO, Alberto Filho. “Esse é o primeiro de muitos sonhos que ainda realizaremos. Agora que temos garantia de que o Poder Público poderá ser comprador da nossa produção, iniciaremos, ainda em janeiro, o plantio de arroz e continuaremos as outras culturas”, afirma o líder comunitário.
Valdivino Alves da Silva ressalta que o projeto maior é ingressar, já em 2017, como fornecedor de produtos para os programas Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), voltado à produção de uma merenda escolar saudável, e de Aquisição de Alimentos (PAA) – modalidade compra direta da agricultura familiar com doação simultânea a grupos em situação de insegurança nutricional.
Os projetos técnicos da comunidade serão feitos pelo Serviço Brasileiro às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em Goiás que acompanhará todo o processo produtivo até a comercialização da safra. A assistência técnica de campo, diz Valdivino, será prestada por profissionais da Emater/GO.
Área de cultivo
Atualmente, os quilombolas cultivam 40 hectares, entre terras cedidas pelo Estado, por particulares e também quintais das próprias residências. A diversidade produtiva inclui hortaliças, fruticultura, grãos (milho e arroz) e verduras variadas, além de farinha, polvilho e panificados. Com assessoria do Sebrae/Goiás, montaram uma feira livre no centro de Cromínia para vendas diretas. “Muitos de nós vivem somente da agricultura, da culinária e do artesanato quilombola”, conta Valdivino.
A antropóloga do Incra em Goiás, Cristiana Fernandes, explica que o pedido de regularização da comunidade Nossa Senhora Aparecida foi aberto no Instituto em 2011. No momento, a fase é a de elaboração do relatório antropológico da comunidade pela equipe de pesquisadores do Campus Catalão/Universidade Federal de Goiás (UFG), de acordo com parceria firmada pelo Termo de Cooperação Técnica Incra/UFG em agosto de 2013.
Acesse AQUI mais informações sobre processo de regularização de comunidades quilombolas.
Matéria atualizada em 27/01/16, às 8h39.
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