Brasília (20/01/2016) - O Brasil – o maior produtor mundial de café – deve colher
de 49,1 a 51,9 milhões de sacas este ano. Esta pode ser a segunda maior safra do
país, se considerada a média desse limite máximo e mínimo (50,5 milhões de
toneladas). Em 2012, a produção foi de 50,8 milhões de toneladas. "Com uma
boa safra, a tendência é não ter grandes impactos no preço. Então, o produtor acaba
ganhando, porque produz bem num cenário de cotação que já conhece", diz o ministro
interino da Agricultura, André Nassar.
O primeiro levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), divulgado
nesta quarta-feira (20), mostra um aumento entre 13,6% e 20,1% na produção em
relação ao ano passado. Entre os fatores que contribuíram para isto, está o fato de
que 2016 é um ano de bienalidade positiva, ou seja, de maior produção. O café é
uma espécie que naturalmente produz mais em um ano e menos no ano seguinte.
A variedade de café arábica – a mais plantada no país – está estimada entre
37,7 e 39,8 milhões de sacas, o que representa um crescimento de 17,8% a 24,4%
sobre a safra anterior. Segundo a Conab, isso se deve a condições climáticas
favoráveis, ao aumento de 67,6 mil hectares na área de plantio, à incorporação de
novas áreas que já estavam em formação e à renovação de cafezais.
Já o café conilon deve render nesta safra entre 11,3 e 12 milhões de sacas, o que
significa um incremento entre 1,8 e 8% sobre a safra passada. Segundo o diretor
de Política Agrícola da Conab, João Marcelo Intini, o motivo está na
recuperação da produtividade na Bahia, Espírito Santo e Rondônia e no uso de
mais tecnologia no campo.
Produtividade
O levantamento da Conab aponta um aumento entre 24,8 e 26,2 sacas por
hectare. Isto significa um incremento entre 10,4% e 16,8% em relação à safra
passada. Quase todos os estados produtores refletem esse crescimento.
“As condições climáticas foram mais favoráveis nos principais regiões produtoras
de arábica”, explica Intini.
Área
O café ocupa uma área de 2,25 milhões de hectares no Brasil – 0,8% maior do
que a do ano passado (13,4 mil hectares). A variedade arábica responde por
79,2%. Minas Gerais continua na liderança, respondendo 67,8% do total dessa
variedade. Já a estimativa da Conab para o café conilon é de uma redução de
área de 468,2 mil hectares – 2,9% menos do que em 2015.
Veja aqui para ver o estudo completo da Conab.
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