segunda-feira, 8 de outubro de 2012

DESAFIO À COOABRIEL



Durante a solenidade de premiação do IX Concurso Conilon de Excelencia Coabriel, o presidente nacional da Organização das Cooperativas do Brasil, Márcio Lopes de Freitas deixou uma sugestão interessante  para a classe produtora de café do Estado.
-O Brasil vende o café como matéria prima há 150 anos, mas o cooperativismo tem de mudar esta situação. O Espírito Santo poderia ser uma plataforma de blends para todo Mundo e  para todo Brasil, principalmente para a região Nordeste, vocês que estão perto dela.  Poderão fazer o que muitos países fazem, não produzem café mais atuam no seu processamento e ganham muitas vezes o lucro que nós brasileiros obtemos. As grandes empresas importadoras levam o nosso café e depois volta com ele custando três dólares a chícara.
O presidente da OCB destacou que a Cooabriel, que é maior e a mais importante cooperativa de café conilon  do Brasil e do Mundo, “neste ano já movimentou 980 mil sacas de café, tem peso no comércio e na garantia de continuidade da atividade para 3.300 produtores”.
Lembrou que é preciso avançar na cadeia produtiva, indo mais adiante da comercialização, mas “só não vamos fazer nada. Na cooperativa o compromisso do associados é vital para o seu prosseguimento”.
Citou ainda que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) “tem no setor que cuida desta ação para financiamento, um capixaba de grande valor e que certamente vai estar ao lado de vocês, que é o Guilherme Lacerda.’
Citando a importância do Cooperativismo, Márcio Lopes de Freitas lembrou que toda crise econômica que o Mundo vive tem a sua base na falta de confiança das pessoas nas instituições. Grandes bancos faliram nos Estados Unidos, mas o cooperativismo segue normalmente, tem a confiança dos produtores  não tem crise. Lá na crise de 2008 os bancos diminuíram 6% e as cooperativas cresceram 26%. Aqui no Brasil a Cooperativa Aurora ficou firme com seus associados, não parou. Mas grandes empresas abandonaram os seus fornecedores.
Finalizando o seu pronunciamento, Márcio Lopes de Faria disse que é necessário evoluir e modernizar, “porque a nova geração do cooperativismo quer coisas novas. O cooperativismo de crédito no Brasil vai crescer neste ano 25%, que é um número expressivo, mas aqui no Espírito Santo vai bem mais além, fruto da confiança, compromisso e solidariedade existe entre os produtores capixabas. Está posto o desafio.

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