segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Incaper e Ufes assinam patente do processo de extração da bromelina




Assessoria de Comunicação Incaper

Os conhecimentos produzidos pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) foram transformados em produtos/serviços e colocados à disposição da sociedade. A prova disso é a patente do processo de purificação da bromelina, assinada entre as duas instituições nesta segunda-feira (01) na sede do Incaper em Vitória.

Estiveram presentes o secretário de Estado de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli; o diretor-técnico do Incaper, Aureliano Nogueira da Costa; o chefe da área de pesquisa e coordenador do Núcleo de Inovação Tecnológica do Incaper (Incaper-NIT), José Aires Ventura; o reitor da Ufes, Reinaldo Centoducatte; o diretor do Instituto de Inovação Tecnológica (INIT) da Ufes, Alberto Fernandes, e outros representantes das duas instituições.

Para o secretário Enio Bergoli, o processo gera novos negócios de aproveitamento de subprodutos e resíduos. “Isso amplia a nossa competitividade. A geração de conhecimento no ramo de ciências agrárias coloca o Brasil em posição de destaque. Seremos temidos não pelo potencial bélico, mas pela geração de conhecimento”.

“Este acordo simboliza o trabalho de muitos e muitos anos entre Ufes e Incaper. É extremamente importante para a universidade, que tem a missão de produzir conhecimento e oferecer à sociedade”, destacou o reitor da Ufes, Reinaldo Centoducatte. O diretor do INIT-Ufes, Alberto Fernandes, comparou a assinatura do acordo a um casamento. “É mais que um termo de cooperação. Esse documento representa a confiança irrestrita que existe entre as duas instituições”, avaliou Fernandes.

Em poucas palavras, o chefe da área de pesquisa do Incaper, José Aires Ventura, explicou o conteúdo do acordo, considerando-o resultado da integração do Incaper-NIT com o INIT da Ufes. Ventura agradeceu a atuação de todos os profissionais envolvidos: “Não podemos nos esquecer dos funcionários de campo, principalmente de Sooretama e Cachoeiro de Itapemirim, que cuidaram das plantas e contribuíram bastante para a realização deste trabalho”.

O acordo

O acordo refere-se aos direitos de proteção intelectual e de exploração comercial da tecnologia denominada ‘processo de purificação da bromelina, bromelina purificada e usos da bromelina purificada’. Em outras palavras, a patente protege a exploração comercial quando utilizado este novo processo de purificação, a enzima propriamente dita, e a utilização da enzima.

Esta é a primeira patente de processo registrada pelo Incaper, que já possui outras patentes de marcas, registro de cultivares e outras tecnologias. A titularidade da propriedade intelectual atribui uma proporção de 50% para cada uma das instituições.

O convênio envolve o Núcleo de Inovação Tecnológica do Incaper, o Instituto de Inovação Tecnológica e o Núcleo de Biotecnologia da Ufes. Desta parceria, outros projetos de pesquisa têm sido desenvolvidos constantemente.

A pesquisa foi viabilizada pelo apoio financeiro dos órgãos financiadores, como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A bromelina

A bromelina é uma enzima proteolítica bastante utilizada pelas indústrias de alimentos (bebidas), de cosméticos (clareamento de pele, peeling) e farmacêutica (medicamentos digestivos e outros). Na medicina veterinária, a bromelina já está sendo utilizada em estudos para a castração química de animais, num processo sem dor. Observou-se ainda a regressão de tumores em animais com câncer de mama tratados com injeções de enzimas proteolíticas.

Nesta pesquisa, a enzima foi extraída do abacaxi ‘Vitória’, uma variedade lançada pelo Incaper em 2006. Após a colheita do fruto, restam no campo os caules e as folhas, e do processamento dos frutos, a casca e coroa. Estes resíduos, que são descartados pelo produtor rural e pelas indústrias de processamento de polpa, podem ser aproveitados para a extração da bromelina.

O Brasil é um grande produtor de abacaxi. Mesmo assim, a bromelina é importada de países como China e Inglaterra, e geralmente com um grau de pureza abaixo do desejado. Nas pesquisas desenvolvidas pela Ufes em parceria com o Incaper, que fazem parte da tese de doutorado em Bitecnologia do estudante Helber Barcellos da Costa, orientado pelo pesquisador do Incaper José Aires Ventura e coorientação da professora Patrícia Machado Bueno Fernandes, descobriu-se um processo capaz de extrair a bromelina com alto grau de pureza.

Informações à imprensa:
Assessoria de Comunicação – Incaper
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Texto: Juliana Esteves
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