Três irmãos conquistaram as primeiras colocações no IX Concurso Conilon de Excelência Cooabriel – Safra 2012. Lucas Henrique Caser Venturim, Francisco Giovanni Caser Venturim e Isaac Bento Caser Venturim disputaram o prêmio com outros 17 finalistas e ocuparam o primeiro, segundo e terceiro lugares, respectivamente.
Eles concorreram com amostras de café conilon cereja descascado secado a fogo indireto, que produzem no município de São Domingos do Norte. Além dos três irmãos, outro membro da família Venturim ficou entre os 20 premiados. Bento Venturim, pai dos vencedores, obteve a nona colocação.
Desde 2003, a Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel da Palha (Cooabriel) promove o concurso com o objetivo de identificar, incentivar e premiar os sócios com produção de conilon de excelente qualidade. Os grãos selecionados apresentam características físicas e sensoriais especiais, demonstrando os cuidados do produtor durante a fase de preparo do café, principalmente na colheita e na secagem do produto. Ao todo, 94 produtores se inscreveram para a competição. A premiação foi realizada no dia 26 de setembro último, em São Gabriel da Palha.
Qualidade
Os finalistas tiveram os lotes de café provados no teste da xícara e receberam prêmios de acordo com a colocação de cada um. O padrão de qualidade das amostras foi equilibrado e a diferença das notas entre o primeiro e o vigésimo colocado foi menos de oito pontos. A competição contou com cinco degustadores, que analisaram as qualidades de fragrância, sabor, retrogosto, acidez, doçura, sensação, uniformidade, equilíbrio, limpeza e conjunto.
Lucas Venturim afirmou que a família investiu em tecnologia para buscar a melhoria da qualidade final do grão. “Há um ano, adquirimos o equipamento para descascar o conilon, mas já utilizamos sistema de irrigação, plantio em linhas de variedades clonais e outros conhecimentos para melhorar a produção”, contou o primeiro colocado, que ficou com 88,82 pontos no total e ganhou 38 sacas de café conilon.
O produtor explicou que os cafés que recebem de 7 a 7,75 pontos são considerados muito bons; notas de 7,76 a 8,75 indicam que o café é fino; e acima de 8,75, excepcional. “Este é um conceito internacional que está sendo usado para a classificação do conilon”, disse Lucas.
De acordo com Giovanni Venturim, segundo colocado, a espécie arábica antes reinava absoluta no mercado. “O conilon era usado somente para mistura, para baratear o custo da industrialização do arábica, sendo que essa redução não era repassada para o consumidor. Mas essa realidade vem mudando. Como nós, muitos produtores têm buscado o reconhecimento do conilon por meio da fabricação de um café de qualidade e com características diferenciadas, agregando valor ao produto”, afirmou Giovanni, ressaltando que o pai, Bento Venturim, é um grande divulgador e incentivador do conilon de qualidade.
Projeto
Isaac Venturim, que ficou em terceiro lugar, disse que os irmãos buscaram conhecimento em locais onde já era produzido um café de qualidade, como em Brejetuba e nas propriedades de Dário Martinelli, em São Gabriel da Palha, e de Cleto Venturim, em Venda Nova do Imigrante. Em seguida, eles fizeram o projeto para as suas lavouras. “Foi com muito trabalho que conseguimos chegar à produção de 80 sacas por hectare, e sabemos que nosso parque cafeeiro pode chegar a produzir 150 sacas por hectare”.
Os irmãos ainda destacaram a importância da matriarca da família, Rosa Maria Caser Venturim, para o sucesso do negócio. “Nós sempre nos reunimos para decidir os rumos a serem tomados e minha mãe é o nosso ponto de equilíbrio”, elogiou Isaac.
Vera Caser Comunicação
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