Adital
Impulsionados pelo lema "Água e energia com soberania, distribuição da riqueza e controle popular!", o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) realizará entre os dias 2 e 5 de setembro seu Encontro Nacional, na cidade de Cotia, em São Paulo. É esperada a participação de cerca de três mil pessoas, entre populações atingidas e ameaçadas, sindicatos, organizações como Via Campesina e Plataforma Operária e Camponesa para Energia, além de representantes de quase 20 países.
De acordo com Gilberto Cervinsky, um dos coordenadores nacionais do MAB, a ideia é garantir uma participação inclusiva com a presença de um homem, uma mulher e um/a jovem entre os coordenadores de grupos de base. Segundo ele, o encontro debaterá dois temas principais: um relacionado aos atingidos e outro ligado à questão do serviço da energia elétrica.
"O primeiro tema está relacionado aos direitos das populações e famílias atingidas por barragens e hidroelétricas, pois tem aumentado a construção dessas obras e percebemos uma piora no tratamento dos direitos das populações atingidas, já que não existe uma política para garantir e proteger essas populações. O segundo tema é o da energia, que interessa a todo o povo brasileiro, em função das tarifas de energia, uma das mais caras do mundo, e é o principal meio de exploração para obtenção de lucro, que é remetido para as empresas no exterior”, explica.
Para ele, a privatização do serviço de energia elétrica trouxe consequências negativas para a população brasileira. "Toda a riqueza gerada é enviada para o exterior e não é investida no Brasil. Por isso, é preciso haver diálogo e soberania popular”, ressalta.
Para melhorar a energia elétrica de forma a ser mais justa e acessível para a população, o MAB, em conjunto com outras organizações de trabalhadores do campo e da cidade, apresentam o Projeto Energético Popular, que defende uma forma diferente de produzir e oferecer energia no país.
Segundo Gilberto, "a energia não pode ser controlada por grandes empresas estrangeiras, pois não atende a população e só visa o capital”. Outro ponto fundamental que precisa de mudanças é a tarifa, já que, para ele, a cobrança da energia elétrica "é uma grande farsa”, pois a população paga uma das tarifas mais caras do mundo, enquanto os grandes consumidores são beneficiados e pagam taxas mais baratas.
De acordo com o coordenador do MAB, a realização do encontro em São Paulo tem "vários motivos”. O primeiro é porque há anos que o estado é governado por partidos de direita, que defendem as privatizações "e isso precisa ser derrotado”. Outro motivo é estabelecer um diálogo com as populações mais carentes, a fim de conscientizar sobre o preço da tarifa elétrica.
Em relação ao governo federal, "não temos muitas expectativas”, pois até agora não foi elaborada uma política específica para as populações atingidas. "A ideia é promover manifestações populares em todo o país nos próximos períodos, sobretudo em locais perto de hidroelétricas e barragens”, anuncia.
Dados
Apesar de violar direitos de populações ribeirinhas, tradicionais e indígenas, as principais afetadas com a construção de barragens e hidroelétricas pelo Brasil, a tendência é a de que estas obras aumentem ainda mais. Dados indicam que cerca de 1 milhão de pessoas já foram afetadas com a construção de pelo menos duas mil barragens. A previsão é a de que até 2021, outras grandes e pequenas barragens para a geração de energia elétrica, afetem e despejem milhares de famílias. Atualmente, a obra mais polêmica e que tem estimulado diversas manifestações tanto dentro quanto fora do Brasil é a Usina Hidroelétrica de Belo Monte, que está sendo construída no rio Xingu, no Pará.
Para saber mais, acesse: http://www.mabnacional.org.br/encontro2013
De acordo com Gilberto Cervinsky, um dos coordenadores nacionais do MAB, a ideia é garantir uma participação inclusiva com a presença de um homem, uma mulher e um/a jovem entre os coordenadores de grupos de base. Segundo ele, o encontro debaterá dois temas principais: um relacionado aos atingidos e outro ligado à questão do serviço da energia elétrica.
"O primeiro tema está relacionado aos direitos das populações e famílias atingidas por barragens e hidroelétricas, pois tem aumentado a construção dessas obras e percebemos uma piora no tratamento dos direitos das populações atingidas, já que não existe uma política para garantir e proteger essas populações. O segundo tema é o da energia, que interessa a todo o povo brasileiro, em função das tarifas de energia, uma das mais caras do mundo, e é o principal meio de exploração para obtenção de lucro, que é remetido para as empresas no exterior”, explica.
Para ele, a privatização do serviço de energia elétrica trouxe consequências negativas para a população brasileira. "Toda a riqueza gerada é enviada para o exterior e não é investida no Brasil. Por isso, é preciso haver diálogo e soberania popular”, ressalta.
Para melhorar a energia elétrica de forma a ser mais justa e acessível para a população, o MAB, em conjunto com outras organizações de trabalhadores do campo e da cidade, apresentam o Projeto Energético Popular, que defende uma forma diferente de produzir e oferecer energia no país.
Segundo Gilberto, "a energia não pode ser controlada por grandes empresas estrangeiras, pois não atende a população e só visa o capital”. Outro ponto fundamental que precisa de mudanças é a tarifa, já que, para ele, a cobrança da energia elétrica "é uma grande farsa”, pois a população paga uma das tarifas mais caras do mundo, enquanto os grandes consumidores são beneficiados e pagam taxas mais baratas.
De acordo com o coordenador do MAB, a realização do encontro em São Paulo tem "vários motivos”. O primeiro é porque há anos que o estado é governado por partidos de direita, que defendem as privatizações "e isso precisa ser derrotado”. Outro motivo é estabelecer um diálogo com as populações mais carentes, a fim de conscientizar sobre o preço da tarifa elétrica.
Em relação ao governo federal, "não temos muitas expectativas”, pois até agora não foi elaborada uma política específica para as populações atingidas. "A ideia é promover manifestações populares em todo o país nos próximos períodos, sobretudo em locais perto de hidroelétricas e barragens”, anuncia.
Dados
Apesar de violar direitos de populações ribeirinhas, tradicionais e indígenas, as principais afetadas com a construção de barragens e hidroelétricas pelo Brasil, a tendência é a de que estas obras aumentem ainda mais. Dados indicam que cerca de 1 milhão de pessoas já foram afetadas com a construção de pelo menos duas mil barragens. A previsão é a de que até 2021, outras grandes e pequenas barragens para a geração de energia elétrica, afetem e despejem milhares de famílias. Atualmente, a obra mais polêmica e que tem estimulado diversas manifestações tanto dentro quanto fora do Brasil é a Usina Hidroelétrica de Belo Monte, que está sendo construída no rio Xingu, no Pará.
Para saber mais, acesse: http://www.mabnacional.org.br/encontro2013
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