terça-feira, 27 de agosto de 2013

Foro inédito debaterá impacto das empresas nos direitos humanos



Adital
Infohoy
Um foro inédito de debates sobre o impacto das empresas nos direitos humanos da América Latina e Caribe promete movimentar a agenda de comunidades, organizações não governamentais, funcionários públicos, representantes de empresas, associações industriais, organismos regionais e internacionais, governos, sindicatos, povos indígenas e representantes da sociedade civil. O primeiro Foro Regional da América Latina e Caribe sobre o Impacto das Empresas nos Direitos Humanos será realizado, entre os dias 28 e 30 de agosto, em Medellín, na Colômbia.Estão sendo esperadas aproximadamente 400 pessoas, sendo a metade mulheres, de 17 países.
Durante o evento serão apresentados os chamados Princípios Diretores das Nações Unidas sobre Empresas e Direitos Humanos, que reúnem diretrizes mundiais para combater os impactos negativos em direitos humanos das atividades empresariais. Esses Princípios estabelecem o que governos e empresas devem fazer para prevenir os efeitos negativos e assegurar o acesso das pessoas a mecanismos efetivos de proteção.
"Os Princípios Diretores são uma plataforma para fazer frente a um difícil paradoxo: as empresas podem ser uma força impulsionadora de igualdade e prosperidade, mas se fazem mal, podem atrapalhar o desenvolvimento”, afirma Heraldo Muñoz, subsecretário geral das Nações Unidas e diretor geral do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), que organiza o evento por meio do Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre Empresas e Direitos Humanos juntamente com seu Escritório da Direção Regional para América Latina e Caribe em parceria com o governo colombiano. "Com esforços de colaboração entre governos, empresas e sociedade civil, há grandes oportunidades para a transformação profunda - e para uma América Latina mais equitativa e justa”, enfatiza Muñoz.
A multiplicidade de atores é uma das características principais do evento, de acordo com a organização do Foro. Em todos os painéis, a intenção é escutar diretores de empresas, organizações não governamentais e funcionários públicos, tendo em vista que para elaborar e implementar regras em matéria de empresas e direitos humanos é necessário um reconhecimento mútuo para que se encontrem soluções viáveis.
Durante os debates, serão discutidas temáticas chave, a exemplo de como as empresas têm mudado seus sistemas de gestão para entender e melhor manejar seus impactos sobre as pessoas; as propostas de resoluções alternativas de conflitos e litígios; empresas extrativistas e direitos sobre a terra, os direitos dos povos indígenas, impactos ambientais que afetam pessoas e convênios de segurança.
O Foro contará ainda com a participação de mais de 20 líderes e representantes indígenas de comunidades de nove países latino-americanos. Entre as empresas que terão representantes no evento destacam-se: Anglo Gold Ashanti, Bancolombia, Codelco, EPM, Ecopetrol, Femsa, Grupo Bimbo, Nestlé, Petroamazonas, Petrobras, Repsol e Rio Tinto. Os governos que assistirão ao Foro, incluindo instituições de Direitos Humanos, são os seguintes: Argentina, Brasil, Colômbia, Chile, Equador, Guatemala, Guiana, Panamá, Peru, Trinidad e Tobago, e Venezuela. De fora da região latino-americana: Canadá, Dinamarca, Holanda, Noruega, Espanha, Suíça e Estados Unidos.
Já entre as organizações da sociedade civil, redes e organizações de Povos Indígenas destacam-se: Coordenação Andina de Organizações Indígenas (CAOI); Coordenação de Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (Coica); Centro de Direitos Humanos e Ambientais (Cedha); Consultoria para os Direitos Humanos e o Deslocamento (Codhes); Conectas Direitos Humanos; Economic, Social and Cultural Rights-Net (ESCR-Net); Instituto Ethos; Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH); International Corporate Accountability Roundtable (ICAR); Socios Perú; Organização Nacional de Indígenas da Colômbia (Onic); Somo; OECD Watch NGO; UNI Global Unions; Fundação Ideas para la Paz; Shift; entre outras.

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