terça-feira, 16 de outubro de 2012

Estudo aponta potencial de mercado para o cartão de débito no Brasil



02/10/2012
Até 2016, setor deve dobrar de tamanho e atingir R$493 bilhões
STOCKXPERT
O valor médio das transações com o cartão de débito era de R$62 em 2005, quantia reduzida para R$54 no último ano.
​Nos últimos cinco anos, o cartão de débito foi a forma de pagamento que mais cresceu no País. De acordo com o estudo “Cartão de débito no Brasil”, realizado pela MasterCard Advisors, em parceria com o IBOPE Inteligência, a utilização do meio aumentou 25% ao ano, contra  9% de crescimento verificado nas transações sem cartão, como pagamentos com papel moeda, cheques e transferências bancárias.

Com base nesses percentuais, a expectativa é que o mercado de cartões de débito dobre de tamanho até 2016, alcançando R$493 bilhões. Segundo o estudo, o cartão de débito é a segunda forma de pagamento preferida pelo consumidor, ficando atrás apenas do dinheiro em papel.

Entretanto, de 2005 a 2012, o cartão avançou de 26% para 34% na preferência do brasileiro, enquanto o dinheiro em espécie caiu de 60% para 48%. Entre os principais motivos para a popularização do cartão de débito estão a segurança, citada por 67% dos entrevistados, a facilidade de uso (37%) e o controle de gastos (31%).

Já as oportunidades vistas como atrativas para maior utilização do cartão são as promoções, prêmios e sorteios, apontados por 36% dos entrevistados, e os programas de milhagens, por 18%.

Mas os dados indicam que há muito ainda a se avançar no setor de cartões com as oportunidades que o mercado oferece. Do total de transações com o plástico no Brasil, apenas 18% acontecem nos estabelecimentos comerciais, enquanto 82% das operações ainda são realizadas para saques em papel moeda.

Em contrapartida, a pesquisa demonstra a penetração do cartão de débito para pagamentos de valores cada vez menores na substituição do dinheiro efetivo. Em 2005, o valor médio das transações com o cartão era de R$62, quantia reduzida para R$54 no último ano.

Em 2012, para 39% dos entrevistados, o débito aparece como principal meio de pagamento em transações entre R$50 a R$100, diante de 31% que optam pelo papel moeda nesta faixa. Já nas transações entre R$100 e R$500, o débito conta com 35% de preferência ante 18% que optam por dinheiro efetivo.

Para as transações com valores mais altos, o cartão de crédito passa a ser o principal meio de pagamento, principalmente pela possibilidade de crédito e parcelamento. Esse comportamento é observado em estabelecimentos como agências de viagem, lojas de material de construção e de eletrodomésticos.

Pequenas e médias empresas
De acordo com a pesquisa, cerca de 70% das pequenas e médias empresas utilizam o cartão de débito semanalmente para pagamentos de despesas. O meio é citado ainda como o preferido por 35% delas, seguido de boletos bancários (21%) e cheques (15%).

Nas compras até R$100, o cartão de débito se caracteriza como segundo meio de pagamento preferido, logo atrás do dinheiro efetivo. Já entre R$101 a R$1.000, o débito é o principal meio utilizado pelas empresas.

De acordo com o estudo, existem grandes oportunidades para substituição do dinheiro nesse segmento. Uma vez que as transferências eletrônicas, boletos e faturas ainda são as formas de pagamento mais utilizadas para tickets acima de R$ 1.000.

Nas empresas, o cartão de débito é o principal meio de pagamento para transações em restaurantes (67%), seguido de supermercados (55%), atacadistas e distribuidores (55%) e postos de gasolina (52%).

Para as pequenas e médias empresas, a facilidade e rapidez no uso do cartão de débito são os principais benefícios destacados por 67% dos entrevistados. Já em relação à segurança, 70% deles se sentem seguros em pagar as compras com cartão de débito.

Sobre a pesquisa
Para a pesquisa, foram utilizados diversos dados de mercado e transacionais da MasterCard Advisors, além de pesquisa com consumidores em parceria com IBOPE Inteligência. No total, foram realizados 15 focus groups e 727 entrevistas com consumidores. A pesquisa foi realizada entre março e junho de 2012 em cinco capitais do País.

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