segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Ministério apoia ação contra a osteoporose


Neste sábado, dia mundial de combate à doença, Secretaria de Saúde do Distrito Federal promove atividades de orientação e prevenção à osteoporose. Sociedade brasileira estima que 10 milhões de pessoas tenham a doença


Neste sábado (20), Dia Mundial de Luta contra a Osteoporose, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal – com apoio do Ministério da Saúde – coordenará ações focadas na prevenção da doença com muita atividade física e informações sobre nutrição. A programação – que começa às 9h, no Ginásio Nilson Nelson, em Brasília – inclui apresentações de dança senior, tai chi chuan, bombeiro mirim, bombeiro amigo, capoterapia e outras atividades elaboradas pelo Conselho de Educação Física.
A osteoporose é uma doença crônica causada pela diminuição de cálcio nos ossos, tornando-os enfraquecidos e predispostos a fraturas. Estimativa da Sociedade Brasileira de Osteoporose aponta que há cerca de 10 milhões de pessoas com a doença, no país. Com o objetivo de diminuir o número de fraturas, reduzir o seu impacto socioeconômico e melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas, foi criado em 2003, pela Secretaria de Saúde do DF, o Programa de Prevenção e Diagnóstico da Osteoporose.
De acordo com a coordenadora do programa, a médica reumatologista Helenice Gonçalves, existem dois períodos na vida das pessoas nos quais o risco de se desenvolver osteoporose é maior: após a menopausa, nas mulheres; e em ambos os sexos, depois dos 70 anos.

A osteoporose, segundo ela, é um problema de saúde pública no mundo, considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a epidemia silenciosa do século, ocasionando grandes impactos econômicos e sociais. “Trata-se da enfermidade óssea de maior incidência mundial e a segunda causa de problemas musculoesquelética nos idosos”, diz Helenice Gonçalves.
Já a coordenadora de Saúde da Pessoa Idosa do Ministério da Saúde, Cristina Hoffman, ressalta a necessidade do cuidado prévio. “É importante lembrar que a prevenção da osteoporose deve ser iniciada ainda na infância, já que é nesta fase que o indivíduo ganha estatura, fortifica seu esqueleto e adquire o máximo de massa óssea possível”, observa Hoffman.

CASOS – No Brasil, apesar de serem poucos os estudos epidemiológicos, a Sociedade Brasileira de Osteoporose estima que existam aproximadamente 10 milhões de pessoas com osteoporose, sendo cerca de 25% mulheres na pós-menopausa e 15%  homens acima de 50 anos. Levantamentos apontam a ocorrência de 1,6 milhão de fraturas por causa da osteoporose por ano: 200 mil do quadril, 600 mil vertebrais e um milhão de punho.
 
A cada ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) tem gastos crescentes com tratamentos de fraturas em pessoas idosas. Em 2009, foram R$ 57,61 milhões com internações e R$ 24,77 milhões com medicamentos para tratamento da osteoporose.
 
PERFIL – Entre os principais fatores de risco para osteoporose estão a historia familiar de fratura, raça branca de baixa estatura e peso, sexo feminino, idosos acima de 65 anos de ambos os sexos, tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, menopausa precoce, baixa ingestão de cálcio, alta ingestão de sódio, alta ingestão de proteína animal, uso de medicamentos (corticoides, heparina, methotexate, fenobarbital, fenitoina, altas doses de hormônio tiroidiano).
 
ATENDIMENTO – Diferentes serviços e profissionais da rede pública estão aptos a ajudar os pacientes que sofrem com a doença. A porta de entrada do paciente é a atenção primária (Programa de Estratégia da Saúde da Família e Unidades Básicas de Saúde) e agendamento com médicos clínicos ou ginecologistas. Nos Hospitais, os usuários são atendidos por médicos reumatologistas, ortopedistas, endocrinologistas, geriatras, além dos ambulatórios de referência quando necessário.
 
Existem dez ambulatórios de referência em osteoporose no Distrito Federal: Hospital de Base do Distrito Federal (ambulatório de osteoporose); nos hospitais regionais da Asa Sul, Taguatinga, Ceilândia Paranoá, Brazlândia e Santa Maria; na Unidade Mista de Taguatinga; em São Sebastião; no Centro de Saúde 1 de Planaltina e no Centro de Saúde 4 do Núcleo Bandeirante.
 
Atualmente, o Hospital de Base do Distrito Federal tem 600 pacientes registrados e são atendidos cerca de 24 pacientes por semana. Três serviços da rede pública dispõem de aparelhos de densitometria óssea usados para o diagnóstico da doença - Hospital de Base, Centro Radiológico de Taguatinga e Hospital Materno Infantil de Brasília.
O exame, que é capaz de identificar a quantidade de cálcio presente nos ossos, é agendado pelo Sistema de Regulação da SES (Sisreg). Nos centros de saúde é possível fazer o ultrassom de calcâneo para a identificação dos pacientes com fragilidade óssea.
 
Medicamentos de alto custo são distribuídos pela da Gerência de Medicamentos Excepcionais nas farmácias instaladas no Metrô da 102 Sul e em Ceilândia. Já os medicamentos básicos indicados para o tratamento da osteoporose são entregues nas Unidades Básicas de Saúde.
 
COMO EVITAR:
• Fazer atividades físicas pelo menos três vezes por semana, com orientação de um profissional especializado;
• Pegar sol antes das 10h ou após as 16h por, no mínimo, 15 minutos ao dia, sem filtro solar;
• Consumir alimentos ricos em cálcio;
• Evitar fumo e álcool;
• Evitar café expresso;
• As mulheres, ao chegarem à menopausa, devem procurar orientação médica para iniciarem a prevenção.

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