
Egito: Exército massacra manifestantes pró-Morsi
Forças repressivas matam ao menos 43 pessoas ao dispersarem dois acampamentos mantidos pelos apoiadores do presidente deposto Mohamed Morsi. Irmandade Mulçumana fala em 250 mortos. Pelo menos mais 200 pessoas foram presas, entre elas dirigentes da Irmandade.
Esquerda.net
Na madrugada desta quarta-feira (14), as forças de segurança egípcias agiram em duas praças que os apoiadores do presidente deposto Mohamed Morsi ocupavam há mais de um mês no Cairo – a praça de Al Nahda e a praça diante da mesquita de Rabaa al-Adawiya. Milhares de pessoas se colocaram ali e afirmando que só sairiam quando Morsi, que está preso e em lugar desconhecido, voltasse à Presidência.
A cobertura dos acontecimentos foi dificultada porque a polícia impediu o acesso dos jornalistas aos locais, mas um jornalista da AFP contou pelo menos 43 corpos – muitos com marcas de balas – alinhados na praça da mesquita de Rabaa al-Adawiya, no Leste do Cairo. O Ministério do Interior anunciou no início da manhã que as forças haviam usado apenas gás lacrimogéneo para dispersar os ocupantes.
“Esta não é uma tentativa de dispersão, mas uma tentativa de esmagar de uma forma sangrenta toda a voz que se opõe ao golpe de Estado militar”, escreveu no twitter o porta-voz da Irmandade Muçulmana, Gehad el-Haddad, que afirmou que há pelo menos 250 mortos. “A polícia incendiou uma tenda de campanha sem se preocupar de ver se havia gente dentro, e havia mulheres que se tinham refugiado no seu interior”.
Khaled Daoud, porta-voz da Frente de Salvação Nacional, um dos blocos de oposição a Morsi, disse que os manifestantes pró-Morsi não eram pacíficos, porque bloqueavam ruas e provocavam confrontos.
Entretanto, o governo interino formado pelos militares ordenou a suspensão da circulação de ônibus impedir manifestações nos arredores da capital. A BBC adianta que há já notícia de manifestações em Alexandria, grande cidade do Norte que é um dos bastiões da Irmandade.
O governo interino anunciou a nomeação de generais para os cargos de governador de 19 das 25 províncias do Egito, substituindo os que tinham sido indigitados há poucos meses por Morsi. As novas autoridades dizem que o objetivo é reforçar a segurança no país, mas as nomeações são vistas como um sinal do regresso do autoritarismo.
A cobertura dos acontecimentos foi dificultada porque a polícia impediu o acesso dos jornalistas aos locais, mas um jornalista da AFP contou pelo menos 43 corpos – muitos com marcas de balas – alinhados na praça da mesquita de Rabaa al-Adawiya, no Leste do Cairo. O Ministério do Interior anunciou no início da manhã que as forças haviam usado apenas gás lacrimogéneo para dispersar os ocupantes.
“Esta não é uma tentativa de dispersão, mas uma tentativa de esmagar de uma forma sangrenta toda a voz que se opõe ao golpe de Estado militar”, escreveu no twitter o porta-voz da Irmandade Muçulmana, Gehad el-Haddad, que afirmou que há pelo menos 250 mortos. “A polícia incendiou uma tenda de campanha sem se preocupar de ver se havia gente dentro, e havia mulheres que se tinham refugiado no seu interior”.
Khaled Daoud, porta-voz da Frente de Salvação Nacional, um dos blocos de oposição a Morsi, disse que os manifestantes pró-Morsi não eram pacíficos, porque bloqueavam ruas e provocavam confrontos.
Entretanto, o governo interino formado pelos militares ordenou a suspensão da circulação de ônibus impedir manifestações nos arredores da capital. A BBC adianta que há já notícia de manifestações em Alexandria, grande cidade do Norte que é um dos bastiões da Irmandade.
O governo interino anunciou a nomeação de generais para os cargos de governador de 19 das 25 províncias do Egito, substituindo os que tinham sido indigitados há poucos meses por Morsi. As novas autoridades dizem que o objetivo é reforçar a segurança no país, mas as nomeações são vistas como um sinal do regresso do autoritarismo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário