segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Jovem grávida é assassinada em Mryata - LÍBANO


Na última quarta-feira (21), uma jovem de 22 anos, recém-casada e grávida de 7 meses, foi brutalmente assassinada dentro de seu apartamento em Myrata, distrito de Zghorta, no norte do Líbano. Fátima Bakkour Ghourani, casada com Khaled Ghourani, foi encontrada esfaqueada e degolada em seu apartamento, por volta de 11hs da manhã.

Segundo relatos de familiares, todas as noras estavam na casa da matriarca da família Ghourani, que estava pra chegar de viagem, cozinhando; e ao constatarem que Fátima estava demorando muito para chegar e ajudar, foram a sua casa conferir o motivo do atraso. A porta estava trancada, e Fátima não atendia a campainha, ou o telefone. 

Os familiares, então, pediram a um menino, que entrasse pela janela para ver se estava tudo bem. O menino a viu caída no chão, e a princípio, todos pensaram que ela havia perdido o bebê. Quando eles entraram no apartamento, viram que ela havia sido assassinada.

O crime foi cometido por três rapazes da vizinhança, com idade entre 16 e 18 anos, que invadiram sua residência, provavelmente por uma das janelas, visto que a porta de entrada encontrava-se trancada, e não tinha sinais de arrombamento. 

Os três criminosos, identificados como Mustafa Abdel Rahman Khadr, seu irmão Abdel-Aziz e Khodr Ajaj, conheciam a rotina do casal, e se aproveitaram quando Khaled saiu, por volta de 5 da manhã, em direção ao aeroporto para buscar seus pais, e invadiram a residência pouco tempo depois, para matá-la. 

O crime foi premeditado, os assassinos invadiram o imóvel usando luvas, renderam e amarraram a jovem, amordaçando-a com fita adesiva, e esfaquearam a gestante 7 vezes na barriga. Ao ver que a vítima não morria, eles pegaram uma faca maior na cozinha, e degolaram seu pescoço, evadindo o local na sequencia, e jogando as luvas e a faca no quintal do edifício. 

Segundo uma fonte da Gazeta de Beirute em Mryata, o que se comenta em silencio pela cidade, é que o crime parece ter sido encomendado por um primo da vítima, que mora no Qatar. O homem, que nutria uma paixão não correspondida por Fátima, havia ameaçado-a, dizendo que se ela se casasse, ele a mataria. 

Conforme se sucede a trama, ele teria pagado US$10 mil aos três rapazes, para que eles fossem matar Fátima em sua casa. Segundo a fonte, a polícia já teria também, detido um primo da vítima no aeroporto, quando ele se preparava para voltar para o Qatar.

Durante as investigações preliminares, testemunhas disseram ter visto um dos rapazes na vizinhança, no horário do crime, e a policia conseguiu localizá-lo. Na sequência, os oficiais da inteligência do exército localizaram também, no dia seguinte, os outros dois em suas residências, e levou-os para a delegacia, onde eles confessaram o crime. 

Nas unhas de Fátima havia pele e sangue, o que indica que ela tentou se defender, e exames já foram coletados dos assassinos confessos, para a realização de exame de DNA, que comprovará se eles são os autores do crime.

A princípio, o irmão de um dos suspeitos, que foi detido e levado para a delegacia por engano, diz ter sido agredido e maltratado durante o interrogatório, mas algumas horas depois, os oficiais da inteligência trouxeram os rapazes, suspeitos de terem sido vistos na vizinhança no mesmo horário do crime, e libertaram no dia seguinte, o primeiro.

O rapaz que foi detido por engano, contou que os três rapazes detidos estão sendo severamente espancados e torturados na delegacia, e por isso eles acabaram confessando o crime, mas que um deles, seu irmão, jurou que ele não matou a jovem, mas confessou o crime, para não ser mais espancado. 

Os resultados dos exames de DNA confirmarão se a confissão dos suspeitos, foi feita sob tortura, ou se de fato, eles mataram a jovem de 22 anos, grávida de 7 meses.

O crime chocou o pequeno vilarejo, e causou revolta nos moradores, que disseram nunca ter havido antes crimes desse nível na cidade. A família de Fátima clama por justiça, e segundo relatos de pessoas próximas a família, alguns familiares e moradores juraram vingança.



Claudinha Rahme
Gazeta de Beirute 


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