terça-feira, 26 de novembro de 2013

Produção de café perde rentabilidade em Honduras




Produzir um quintal (saca de 46 quilos) de café em Honduras custa mais de US$ 150, o que não compensa com o preço registrado no mercado internacional, na faixa de US$ 105, segundo membros do setor. A diferença provoca uma perda de US$ 48 por saca produzida e comercializada.

O representante do setor de café, Nelson Guerra, previu um panorama sombrio para a atual colheita, a ponto de os produtores poderem perder US$ 300 milhões pelo baixo preço, sem incluir o impacto da doença da ferrugem que ataca o cultivo.

A cafeicultura do país está representada em 80% por pequenos produtores que efetuam atividades de forma familiar. “Será registrada uma crise muito marcada no campo e na cidade. O café é uma atividade primordial de geração de empregos”.

Com uma atividade deprimida, preços baixos e falta de apoio, o valor circulante se reduzirá. “Produzir um quintal de café no país custa US$ 150 e temos um preço de US$ 105. Se seguirem caindo, as perdas serão maiores e a depressão econômica aumentará”.

Dados do Instituto Hondurenho de Café (Ihcafé) estabelecem que o impacto da ferrugem diminuiu a produção em 1,3 milhão de quintais (996,66 mil sacas de 60 quilos). Os futuros do café vêm caindo em Nova York e Londres, pressionados em níveis próximos aos mínimos de vários anos por um excesso de oferta a nível global.

Segundo analistas, o Real brasileiro teve muito pouca recuperação depois das recentes desvalorizações, o que, por sua vez, impulsiona os produtores brasileiros a buscar os mercados de exportação que estão denominados em dólares.

O café é o setor de maior influência no setor agrícola, segundo dados do Banco Central de Honduras (BCH) em 2012, aportando quase 50% do total das receitas por exportações dos principais produtos. Devido a sua geração de divisas, capacidade de redistribuição das receitas e seu efeito multiplicador, consolida-se como a agroindústria de maior importância a nível socioeconômico.

A reportagem é do http://www.latribuna.hn, adaptada pelo CafePoint

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