Peguei Yasmin na creche, como faço alguns dias na semana e no
caminho de casa paramos na loja do Hortifruti da Praia da Costa, Vila Velha. Um
circuito tradicional do avô e da neta.
Não demorou muito ela me pediu para levá-la ao banheiro. Como
opção entramos no banheiro feminino, que tradicionalmente e normalmente é mais
limpo. De imediato ela com os seus quatro ano me perguntou
-Vô, menino pode entrar aqui no banheiro de menina?
Fiz de desentendido e segui em frente. Após fazer a higiene,
joguei o papel higiênico no vazo e dei descarga. Logo em seguida uma pergunta
em tom de observação:
- Porque você não jogou o papel na lixeira e não no vazo?
Mais uma vez de fiz de desentendido e seguimos para casa. Pensei,
um a zero.
Dois meses depois Yasmin estava com o nariz escorrendo e a
vovó Eliane lhe ordenou:
- Vá no lavabo e limpa o nariz.
Logo sem seguida ouvi a descarga disparar. Imaginei, agora eu
vou empatar o jogo.
Quando ela chegou e rapidamente lhe perguntei:
- Porque você deu descarga.
- Vem ver vovô.
Fui com ela até o lavabo e ela me disse:
- Aqui não tem lixeira.
O jogo que eu imaginava empatar, teve o seu placar aumentado
para dois a zero.
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