O exército libanês decidiu declarar guerra contra os terroristas, que visam inflamar a luta sectária no país, na tentativa de afundar o Líbano no confessionalismo, transformando assim, o país em um mar de sangue e violência, no estilo iraquiano.
O Comandante do Exercito, General Jean Kahwagi, disse que a situação de segurança do país está perigosa, e que os militares estão numa perseguição nacional, na luta contra os terroristas envolvidos nos atentados executados dentro do país, que visam fervorosamente à explosão de conflitos internos sectários.
"Eu anuncio que o Exército está travando uma guerra total contra o terrorismo. Nossas unidades militares não serão dissuadidas por críticas, campanhas, foguetes, ou engenhos explosivos. Elas continuarão a missão iniciada, logo que o terrorismo atingiu nossas casas, famílias, aldeias e cidades. Estamos sendo confrontados com um dos maiores desafios, que os países árabes e ocidentais já vêm enfrentando em seus próprios territórios: o terrorismo!”, disse Kahwagi.
O General declarou ainda, que há meses a inteligência do exército vem investigando as células terroristas infiltradas no país, as mesmas que executaram o atentado com carro bomba em Ruwais, sem intuito de atingir uma área, ou seita, específica, mas sim, eclodir um conflito interno sectário.
Kahwagi pediu ainda, para que todos, sem exceção enfrentem esse perigo eminente com inteligência, e união, sem deixar-se ser envolvido nessa trama maldosa de violência e morte.
Após o atentado no reduto do Hezbollah, no subúrbio ao sul de Beirute na última semana, que matou cerca de 30 pessoas e deixou mais de 300 feridos, as autoridades libanesas prenderam 5 pessoas suspeitas de pertencer a uma quadrilha de terroristas especializados em carros-bomba.
E ainda na semana passada, as Forças de Segurança apreenderam um carro carregado com 250 kg de explosivos, na cidade costeira de Naameh, sul de Beirute (mesma região que foi atingida por Israel, na última sexta-feira, em retaliação aos mísseis que foram lançados de Tiro, no dia anterior, no território israelense).
"Nossa guerra contra o terrorismo não tem nada a ver com as diferenças políticas ou de uma mídia. A guerra contra o terrorismo é uma guerra internacional, regional e árabe. Estamos cooperando com as agências de inteligência amigáveis para perseguir as redes terroristas. Estamos coordenando periodicamente com eles ao mais alto nível para a segurança dos cidadãos libaneses, ocidental e árabe no Líbano. Essas crises são fatais e ameaçam a unidade e o futuro do Líbano”, declarou Kahwagi.
Ainda segundo o General, as tropas no sul do país estão estrategicamente posicionadas, no mais alto nível de alerta e prontidão, para enfrentar o perigo permanente, representado pelo inimigo israelense, contra nossas terras, nosso povo e a unidade nacional, e as tropas do exército foram reforçadas em diversas outras áreas, principalmente em Beirute e seus subúrbios, como medidas de segurança.
Pontos de observação, de inspeção, patrulhas blindadas e terrestres, visando à segurança, estabilidade, tranquilidade aos cidadãos e prevenção contra quaisquer suspeitos, fazem parte das referidas medidas.
O Conselho de Segurança da Central do Sul do Líbano aprovou uma série de medidas de segurança na prevenção de carros-bomba, e no fortalecimento de segurança de Sídon, e outras cidades do sul do país.
Samih Hajj, o Procurador do Sul, após a reunião com os chefes de segurança, relembrou a população sobre as decisões do Conselho, sobre o banimento de todo e qualquer tipo de manifestação e protesto, bem como o bloqueio de estradas principais.
"Os participantes do Conselho decidiram aumentar as patrulhas de segurança dentro de Sídon, e seus bairros, além de reativar a vigilância preventiva, para descobrir e prevenir eventuais atentados, especialmente, os de carros-bomba", dizia o comunicado divulgado após a reunião.
A violência sectária, ligada ao conflito sírio, tem invadido o Líbano, ceifando dezenas de vidas, e tornando o país cada vez mais instável.
Na última semana, dez mísseis Grad, escondidos em um caminhão, foram apreendidos em Ras Baalbeck, no Vale do Bekaa, durante uma patrulha das Forças de Segurança Interna.
Claudinha Rahme
Gazeta de Beirute
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