27/12/2013
SAFRAS (27) – O ano de 2013 foi mais um período difícil para o produtorbrasileiro de café. Os preços foram desoladores, com o mercado mundial mantendo-se sob a pressão de uma oferta superior à demanda, dando tranquilidade aos compradores, que mantiveram a estratégia de não fazer pressão de compra e seguir com estoques necessários para o curto prazo.
Estratégia que funciona em tempos em que a oferta é justamente abundante.
O Brasil colheu uma safra recorde para um ciclo baixo produtivo dentro da bienalidade cafeeira em 2013. O Vietnã também chegou no final do ano com a entrada de uma grande safra de robusta, enquanto Colômbia e América Central chegam com produções crescentes de arábica de alta qualidade. Ficou fácil para as grandes indústrias se posicionarem no ano em relação as suas aquisições. Com a maré de crise financeira global ainda baixando aos poucos, as empresas de maior porte continuam com sua postura cautelosa e de aquisições da mão-para-boca.
O analista de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, destaca que 2013 foi a sequência do ano ruim para os preços do café que já havia sido 2012. Oferta grande e demanda comedida resumem o quadro. Ele ressalta que os estoques globais e brasileiros cresceram, e que vendedores adversários do Brasil ficaram mais agressivos, como a Colômbia, que teve seu prêmio contra o preço de Nova York diminuído.
Os estoques finais mundiais de café da temporada 2013/14 deverão ficar em 36,330 milhões de sacas de 60 quilos, com um incremento de 7,5% na comparação com 2012/13, quando os estoques foram apontados em 33,789 milhões de sacas. As estimativas são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), partindo de seu último relatório, de dezembro. A produção total mundial 2013/14 é indicada pelo USDA em 150,465 milhões de sacas, apresentando queda de 1,8% sobre as 153,268 milhões de sacas de 2012/13. O consumo mundial é colocado em 144,4 milhões de sacas em 2013/14, com incremento de 1,6% contra 2012/13 (142,2 milhões de sacas).
Levantamento de SAFRAS aponta que os estoques brasileiros de café em 2013/14 sobem 23,2%, passando de 5,68 de 2012/13 para 7 milhões de sacas.
A SAFRAS estima uma produção brasileira 2013/14 de 52,9 milhões de sacas, contra 55,2 milhões de sacas em 2012/13.
No final do ano, as medidas do governo prorrogando dívidas auxiliaram na sustentação dos preços internos, assim como o programa de opções teve seu efeito positivo, embora sem maiores mudanças nas cotações mundiais do café.
O que ajudou o arábica na Bolsa de NY no fim do ano a ter sustentação foi a valorização do robusta, em função de momentânea queda nos estoques dessa última variedade, o que faz com que as indústrias busquem mais o arábica para seus blends.
No balanço do ano, até o dia 26 de dezembro, o preço do arábica em Nova York caiu 18,8%, de 142,80 para 116,80 centavos de dólar por libra-peso no contrato spot. Já o robusta em Londres recuou 13,8%, recuando de US$ 1.963 para US$ 1.691 a tonelada.
No mercado físico, apesar da valorização acumulada do dólar de 15,1% no anos, os preços caíram também acompanhando as bolsas. O café arábica bebida boa no sul de Minas Gerais caiu no balanço do ano até o dia 26 de dezembro 14,9%, baixando de R$ 335,00 para R$ 285,00 a saca. O conilon tipo 7 em Vitória/Espírito Santo caiu 16%, de R$ 256,00 para R$ 215,00 a saca.
Fonte : Safras & Mercado
Estratégia que funciona em tempos em que a oferta é justamente abundante.
Levantamento de SAFRAS aponta que os estoques brasileiros de café em 2013/14 sobem 23,2%, passando de 5,68 de 2012/13 para 7 milhões de sacas.
A SAFRAS estima uma produção brasileira 2013/14 de 52,9 milhões de sacas, contra 55,2 milhões de sacas em 2012/13.
No final do ano, as medidas do governo prorrogando dívidas auxiliaram na sustentação dos preços internos, assim como o programa de opções teve seu efeito positivo, embora sem maiores mudanças nas cotações mundiais do café.
O que ajudou o arábica na Bolsa de NY no fim do ano a ter sustentação foi a valorização do robusta, em função de momentânea queda nos estoques dessa última variedade, o que faz com que as indústrias busquem mais o arábica para seus blends.
No balanço do ano, até o dia 26 de dezembro, o preço do arábica em Nova York caiu 18,8%, de 142,80 para 116,80 centavos de dólar por libra-peso no contrato spot. Já o robusta em Londres recuou 13,8%, recuando de US$ 1.963 para US$ 1.691 a tonelada.
No mercado físico, apesar da valorização acumulada do dólar de 15,1% no anos, os preços caíram também acompanhando as bolsas. O café arábica bebida boa no sul de Minas Gerais caiu no balanço do ano até o dia 26 de dezembro 14,9%, baixando de R$ 335,00 para R$ 285,00 a saca. O conilon tipo 7 em Vitória/Espírito Santo caiu 16%, de R$ 256,00 para R$ 215,00 a saca.
Fonte : Safras & Mercado
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