quinta-feira, 23 Abril, 2015 - 14:30
O ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Patrus Ananias, e cerca de 70 ministros de países da África debateram nesta quinta-feira (23), em Adis Abeba, na Etiópia, a construção de um futuro melhor para os africanos, conciliando o crescimento econômico com o desenvolvimento social e ambiental. Durante a reunião de ministros da Primeira Sessão do Comitê Técnico Especializado sobre Desenvolvimento Social, Trabalho e Emprego da União Africana (UA), Patrus apresentou as experiências do Brasil em políticas públicas de inclusão social.
O Brasil vem contribuindo há alguns anos com os países africanos. “Muitos países da África já adotam políticas sociais exitosas que nós adotamos no Brasil, como o Bolsa Família. Discute-se, hoje, na África, e esta é a razão deste encontro, a proteção social ou, em outras palavras, a inclusão social de tal maneira que os países africanos possam superar a fome, a desnutrição e a miséria, como fez o Brasil”, ressaltou.
Patrus destacou, ainda, o Programa Mais Alimentos Internacional, que visa acordos de cooperação com outros países. “O Brasil vende máquinas, tratores, implementos agrícolas, por preços e condições muito acessíveis. Com isso, estimula a produção agrícola, especialmente a familiar, e contribui também para a segurança alimentar e nutricional dos africanos”, observou. Além disso, o programa impulsiona a indústria brasileira de máquinas, uma vez que todos os equipamentos são nacionais.
Na avaliação do ministro, os recursos destinados às políticas públicas sociais, como o programa Bolsa Família, e de apoio à agricultura familiar são investimentos que geram retorno. “É importante que as políticas sociais sejam vistas na perspectiva dos direitos, dos direitos fundamentais, que são os direitos humanos incorporados na legislação dos países. É fundamental que a questão da alimentação, por exemplo, seja colocada no campo dos direitos”, afirmou.
A garantia dos direitos básicos por meio do Estado e das políticas públicas e seu papel na formação de cidadãos também foram salientados pelo ministro. “Além desses direitos fundamentais, consideramos importante que as políticas públicas contribuam na perspectiva do desenvolvimento das pessoas. Fazendo com que elas se tornem mais conscientes, responsáveis, solidárias e, com isso, dando também a sua contribuição para o bem comum e a justiça social que é sempre, seja no Brasil, seja na África, o nosso grande objetivo”, enfatizou.
Representantes de organismos internacionais como o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) também estiveram presentes no encontro.
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