Imagine receber frutas, verduras e diversos produtos orgânicos em casa. Parece uma realidade um pouco distante, mas em Minas Gerais um empreendimento da agricultura familiar localizado em Capim Branco, a 50 quilômetros de Belo Horizonte, oferece o serviço desde 2012. E é bem simples. O consumidor acessa a página da Fazenda Vista Alegre na internet, escolhe o que deseja e espera a entrega, sempre no dia combinado, quando também deverá fazer o pagamento.
Se por um lado a facilidade atrai novos consumidores interessados na produção sustentável, por outro garante renda para quem produz, já que o projeto corresponde por 80% das vendas da Fazenda Vista Alegre. “Temos uma rota específica para cada dia da semana. Cada bairro de Belo Horizonte tem um dia de entrega. Colhemos os produtos escolhidos sempre um dia antes, o que proporciona um alimento mais fresco ao cliente”, conta o agrônomo e produtor rural, Lucas Castro Alves, 32 anos.
Filho mais novo da família Alves, ele reativou há cinco anos a produção agrícola da fazenda que pertence à família há mais de 30 anos. “Eu sempre gostei do campo, tanto que me formei em Agronomia. Assim que terminei o curso, resolvi montar um projeto de horticultura orgânica, pois era uma característica da região e a propriedade estava praticamente parada”, explica Lucas.
Em 2010, com a ajuda de outro agricultor, ele começou a preparar a área que seria cultivada. Só dois anos depois, a produção teve início já com a certificação orgânica. Hoje, em cinco hectares, são produzidas mais de 30 variedades de hortaliças, entre elas alface, rúcula, cebolinha; além de frutas como maracujá, manga e banana; e legumes colhidos o ano inteiro como cenoura, milho verde, pimentão e abóbora.
“Sempre buscamos para a nossa casa alimentos mais saudáveis, sem agrotóxicos e que tivessem qualidade. A ideia do projeto foi fazer o mesmo, mas em uma escala comercial, oferecendo isso a outras pessoas”, destaca o produtor que também vende em feiras de produtos orgânicos da região mineira.
Crédito
Para colocar o projeto de horticultura em prática, Lucas contou com o apoio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). “A nossa produção de orgânicos foi 100% financiada pelo programa. Acredito que ele seja indispensável, porque às vezes o produtor tem o terreno, tem mão de obra capacitada, mas não tem o recurso”, afirma.
Além do crédito do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), a produção contou, ainda, com investimentos do Plano Agricultura de Baixo Carbono (ABC), que incentiva a adoção de práticas agrícolas sustentáveis. “Se não fosse esses investimentos eu não teria entrado no projeto”, finaliza Lucas.
Gabriella Bontempo
Ascom/MDA
Ascom/MDA
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