segunda-feira, 15 de junho de 2015

Diversificação da produção traz melhorias para agricultores


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segunda-feira, 15 Junho, 2015 - 17:45
Foto: Soraya Brandão/MDA
Reformular o projeto produtivo e diversificar o cultivo. Essa foi a iniciativa encontrada por 25 famílias de agricultores familiares para aumentar a renda e a qualidade de vida. Elas fazem parte da Associação Povoado Buritizinho, na zona rural de Timon (MA). A área foi adquirida pelo Programa Nacional de Crédito Fundiário do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
“Quando começamos na terra achamos que somente plantando as culturas de chuva, conseguiríamos ter um bom rendimento, mas o ganho mal dava para subsistência. De 2009 pra cá, entendemos que era preciso diversificar e a vida melhorou bastante para todos”, conta o presidente da associação Antônio Lopes de Oliveira.
A agricultora familiar Ana Silva Costa e o marido Arivaldo levaram a ideia de diversificação para a comunidade. “Chegamos aqui em 2009 e deparamos com uma área boa, mas sem irrigação – apesar de água não ser problema. Antes, se plantava apenas feijão e mandioca. Foi então que resolvemos cultivar mamão e maracujá e irrigamos nossos três hectares. A produção foi ótima, vendemos bem nas feiras. Vendo que era possível, os outros associados também decidiram diversificar”, conta Ana.
“A gente se organizou e passou a explorar comunitariamente os lotes. Agora, temos de tudo um pouco. Plantamos mamão, melão, melancia, maracujá, banana, maxixe, quiabo e feijão. Pelo PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) distribuímos quiabo, maxixe e frutas. Vendemos o excedente para o centro de abastecimento e nas feiras do município”, completa a agricultora.
“Nossa realidade hoje é outra, e devemos isso à chegada da Ana e do Arivaldo. Só falta agora conseguirmos as casas de alvenaria, pois o recurso de SIC (Subprojeto de Investimento Comunitário) que recebemos foi empregado no cerceamento dos lotes e na implantação dos projetos de iluminação e de poços artesianos na nossa comunidade. Nossa meta agora e acessar o Minha Casa Minha Vida Rural e, se tudo caminhar como esperamos, vamos quitar o financiamento, que vence em 2026, já no próximo ano”, conta o presidente com satisfação.
Sucessão familiar
Cleyson Araújo da Silva tem 25 anos e é filho de um dos associados. Há sete anos, recebeu a proposta para participar da associação, mas como a produção era pequena, não aceitou. Decidiu trabalhar numa escola na zona rural. Em 2013, numa visita à família, viu que as coisas na comunidade tinham mudado bastante e resolveu voltar para a lida no campo. “Hoje ser agricultor é bem melhor, o trabalho no campo é mais valorizado. Temos mais renda e a gente trabalha no que é nosso”, diz o jovem.
Quanto a permanecer no campo, Cleyson foi enfático. “Não saio mais daqui, esse é o meu lugar. Quero viver da agricultura. É o que eu sei fazer de melhor. Nosso objetivo aqui é crescer ainda mais”, completou. 
Programa Nacional de Crédito Fundiário
O Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) é uma política pública do Governo Federal criada para que os agricultores familiares sem terra ou com pouca terra possam adquirir imóveis rurais. O programa funciona como uma política complementar à reforma agrária, uma vez que permite a aquisição de áreas que não são passiveis de desapropriação.
Além da terra, o financiamento - que tem juros e prazos bem acessíveis - disponibiliza recursos para infraestrutura básica e produtiva, acompanhamento técnico e o que mais for necessário para que o agricultor possa se desenvolver de forma independente e autônoma. O financiamento ser individual ou coletivo. 
É gerido pela Secretaria de Reordenamento Agrário, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SRAMDA). Desde sua implantação, já beneficiou mais de 135 mil famílias.
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