O superintendente regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em Pernambuco, João Bosco Lacerda de Alencar, esteve reunido com moradores do Sítio Coelho, comunidade localizada na zona rural de Petrolina, sertão pernambucano. A proposta do encontro foi ouvir demandas da população e apresentar o projeto de uma adutora para promover a irrigação da horta orgânica que vem sendo desenvolvido na comunidade.
“Estamos lutando para agilizar obras de grande benefício para as pessoas e para que algumas ações sejam tratadas de forma diferenciada, como essa ação que estamos projetando para a comunidade do Sítio Coelho”, disse João Bosco Lacerda.
Segundo o gerente regional de infraestrutura da Codevasf, Gervilson Duarte, a adutora deverá levar água para hortas e canteiros do Sítio Coelho numa extensão de até dois quilômetros. “Estamos em fase de elaboração do projeto da adutora para apoiar essas famílias. Os estudos devem durar em torno de 30 dias”, explicou.
A água que abastecerá o sistema de irrigação para as hortas do Sítio Coelho virá de uma pequena barragem que recebe água da Compesa, empresa estadual de abastecimento de água do estado. O investimento é da Codevasf e deverá ficar em torno de R$ 150 mil.
O objetivo dos canteiros econômicos é trazer para o mercado um produto diferente do que as pessoas estão acostumadas a consumir, livre de agrotóxicos e saudáveis, respeitando os princípios agroecológicos. “Essa iniciativa conta com muitos apoios e, dando certo, pode chegar às comunidades vizinhas também”, acrescentou a presidente da associação de moradores do Sítio Coelho, Gracilda Pereira.
O projeto beneficiará 30 famílias da comunidade que já passaram por capacitações com apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e iniciaram o plantio em mais de 20 canteiros, mas sentem a dificuldade por conta da água.
“Com essa adutora que a Codevasf trará para nós, mais famílias deverão se integrar ao programa”, enfatizou Gracilda. Ela conta que a ação dará oportunidade às famílias da comunidade conseguirem uma renda extra. “A gente espera com essa adutora, a irrigação de nossos plantios e produzir, além das verduras e legumes, culturas que não demandam tanto tempo e nem muita água, como maracujá, melão, melancia e até feijão para consumo humano”, ressaltou a presidente.
Segundo Gracilda Pereira, os produtos serão comercializados na feirinha orgânica que eles pretendem criar no mercado público de Izacolândia, distrito próximo ao Sítio Coelho e para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), iniciativa do governo federal com apoio da prefeitura.
“Eu pensava que seria mais difícil a gente conseguir essa parceria, mas estamos tendo total apoio da Codevasf. Eu digo sempre a quem mora na beira do rio que pode fazer que dá certo. Nós estamos na área de sequeiro, plantando e querendo fazer com que todo o vale do São Francisco passe a consumir alimentos produzidos em horta orgânica. É uma ação tão importante para nós que plantamos e conseguimos nossa renda, como para quem compra e vai se alimentar de produtos saudáveis”, concluiu a presidente da associação do Sítio Coelho.
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