quarta-feira, 3 de junho de 2015

MPF volta a valorizar o sigilo na investigação sobre a CBF


Ao GGN, a assessoria do MPF adiantou que ainda não foi protocolada denúncia à Justiça e defendeu a necessidade do sigilo
Jornal GGN - Depois de defender a plena divulgação dos inquéritos da Lava Jato, o Ministério Público Federal muda o estilo e ordena o pleno sigilo nas investigações sobre a CBF, mais especificamente sobre o envolvimento dos ex-presidentes da entidade, Ricardo Teixeira, e do Barcelona, Alexandre Rosell, além de outras três pessoas em esquema de corrupção. As investigações poderiam bater em grupos de mídia, que se tornaram os parceiros preferenciais do MPF em várias operações.
A informação do sigilo é do blog do Fausto Macedo, do Estado de S. Paulo. Seria uma sequência ao indiciamento feito pela Polícia Federal, que encontrou crimes praticados pelo grupo. "O procedimento tramita com grau máximo de sigilo, quando nenhuma informação sobre o andamento está disponível nem mesmo os nomes das partes", publicou o jornalista.
Em resposta ao GGN, a assessoria de imprensa do MPF/RJ informou que a justificativa para manter o sigilo é não atrapalhar as investigações, e que ainda não foi apresentada denúncia pelo procurador responsável, que está apurando os fatos, antes de decidir se vai ou não enviar denúncia à Justiça. Outro aspecto levantado pela assessoria é que se trata de uma cooperação internacional e que a própria Justiça americana teria solicitado o sigilo. 
"O tempo dos procuradores na investigação é diferente do tempo da imprensa. E nós estamos cooperando com a Justiça americana. (...) Se começa a abrir a investigação, é dar ouro para o [suposto] bandido. [Investigados] começam a camuflar, acabar com as provas, com os documentos...", disse o assessor de imprensa.

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