FFIPP-Brasil levará estudantes brasileiros para programa de estágio na Palestina e em Israel. Objetivo é colocar alunos em contato com a realidade do conflito na região.
Aurea Santosaurea.santos@anba.com.br
São Paulo – Estudantes de graduação e de pós-graduação do Brasil poderão participar de um programa de estágio de um mês nos territórios ocupados da Palestina e também em Israel. As inscrições vão até o dia 29 de outubro e a viagem ocorre de 22 de janeiro a 28 de fevereiro de 2013.
O programa é oferecido pela FFIPP-Brasil, braço nacional da Faculty for Israeli-Palestinian Peace, entidade formada por professores universitários e estudantes palestinos, israelenses e internacionais para promover o fim da ocupação israelense e a paz entre os dois povos.
Para participar do programa de estágio, além de ser universitário, é preciso ter mais de 18 anos e um bom nível de inglês. O processo de seleção inclui duas etapas. A primeira consiste na avaliação do formulário de inscrição, enquanto a segunda é a realização de entrevistas pessoais, em português e em inglês.
“A ideia do estágio vai muito além do trabalho, é para se ter uma perspectiva desta posição de estar em campo, conhecendo a realidade do dia-a-dia, trabalhando com as pessoas que atuam para uma mudança social. É uma experiência única para se entender a complexidade da situação e se afastar de discursos extremados de um lado e de outro”, explica Yuri Haasz, presidente da FFIPP-Brasil.
O programa de estágio inclui uma semana de orientação na Cisjordânia e em Israel, visitas às cidades de Tel Aviv, Jaffa, Jerusalém, Belém, Ramallah e Hebron, e trabalho em instituições parceiras palestinas e israelenses.
Entre as áreas de atuação disponíveis estão o ensino de inglês e francês, projetos com crianças, trabalho com movimentos sociais (direitos das mulheres, sindicato de fazendeiros, direitos dos beduínos), projetos de arte (música, teatro), direitos humanos, desenvolvimento ambiental, desenvolvimento de organizações e pesquisa (direito, jornalismo, urbanismo, ciências sociais).
As instituições participantes variam de acordo com as áreas de interesse dos alunos selecionados para integrar o programa. Entre as organizações parceiras no recebimento de estudantes da FFIPP Internacional é possível mencionar a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Palestine Economic Research Center, Al Safeer Newspaper, Israeli Committee Against House Demolition e o Ramallah Center for Human Rights Studies, entre outras.
O custo do programa de estágio é de US$ 1,5 mil e não inclui a passagem aérea. Há vagas para 40 participantes e a FFIPP-Brasil está em busca de parcerias para oferecer algumas bolsas aos selecionados.
Mais informações sobre o programa de estágios da FFIPP-Brasil podem ser encontradas no link http://ffippbrasildotorg.wordpress.com/inscricoes-2012/.
Sobre a FFIPP
Fundada em 2001, a Faculty for Israeli-Palestinian Peace foi criada com o objetivo de informar a comunidade acadêmica sobre as iniciativas da sociedade civil nas áreas de direitos humanos e de pesquisas relativas ao conflito entre israelenses e palestinos. Posteriormente, a rede passou a ser integrada também por estudantes de graduação e de pós.
Nascido em Israel, Yuri Haasz veio para o Brasil com 14 anos. Bolsista do Rotary Internacional, fez mestrado em Relações Internacionais, no Japão, com foco em Estudos de Paz e Resolução de Conflitos. Em 2010, durante seus estudos, participou do programa de estágio da FFIPP internacional e, este ano, trouxe a organização para o Brasil.
“Estamos levando o primeiro grupo [de estágio] e a ideia é levar também algumas pessoas de países vizinhos, como Argentina, Chile e Peru, que possam atuar como lideranças, para depois abrirmos [um braço da FFIPP] também nestes países”, conta. Hoje, a FFIPP tem unidades nos Estados Unidos, França e Holanda.
Além do programa de estágio, as atividades da FFIPP-Brasil incluem ainda a organização de palestras itinerantes. “Vamos trazer palestrantes dos territórios ocupados [da Palestina] e de Israel engajados em mudança social. Faremos as palestras em ambientes acadêmicos, centros culturais, comunidades e onde mais tiver abertura”, afirma Haasz. Segundo ele, os participantes do estágio também serão incentivados a expor suas experiências.
Os estudantes que integrarem o programa receberão apoio caso se interessem em produzir ensaios fotográficos, filmes de curta-metragem e textos sobre sua vivência durante o estágio. A ideia, revela Haasz, é montar exposições com estes materiais no Brasil.
Atualmente, a FFIPP-Brasil conta com o trabalho de dez voluntários, entre professores, estudantes e profissionais de comunicação. De acordo com Haasz, a rede está conversando com instituições públicas e privadas para buscar apoio financeiro.
O programa é oferecido pela FFIPP-Brasil, braço nacional da Faculty for Israeli-Palestinian Peace, entidade formada por professores universitários e estudantes palestinos, israelenses e internacionais para promover o fim da ocupação israelense e a paz entre os dois povos.
Para participar do programa de estágio, além de ser universitário, é preciso ter mais de 18 anos e um bom nível de inglês. O processo de seleção inclui duas etapas. A primeira consiste na avaliação do formulário de inscrição, enquanto a segunda é a realização de entrevistas pessoais, em português e em inglês.
“A ideia do estágio vai muito além do trabalho, é para se ter uma perspectiva desta posição de estar em campo, conhecendo a realidade do dia-a-dia, trabalhando com as pessoas que atuam para uma mudança social. É uma experiência única para se entender a complexidade da situação e se afastar de discursos extremados de um lado e de outro”, explica Yuri Haasz, presidente da FFIPP-Brasil.
O programa de estágio inclui uma semana de orientação na Cisjordânia e em Israel, visitas às cidades de Tel Aviv, Jaffa, Jerusalém, Belém, Ramallah e Hebron, e trabalho em instituições parceiras palestinas e israelenses.
Entre as áreas de atuação disponíveis estão o ensino de inglês e francês, projetos com crianças, trabalho com movimentos sociais (direitos das mulheres, sindicato de fazendeiros, direitos dos beduínos), projetos de arte (música, teatro), direitos humanos, desenvolvimento ambiental, desenvolvimento de organizações e pesquisa (direito, jornalismo, urbanismo, ciências sociais).
As instituições participantes variam de acordo com as áreas de interesse dos alunos selecionados para integrar o programa. Entre as organizações parceiras no recebimento de estudantes da FFIPP Internacional é possível mencionar a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Palestine Economic Research Center, Al Safeer Newspaper, Israeli Committee Against House Demolition e o Ramallah Center for Human Rights Studies, entre outras.
O custo do programa de estágio é de US$ 1,5 mil e não inclui a passagem aérea. Há vagas para 40 participantes e a FFIPP-Brasil está em busca de parcerias para oferecer algumas bolsas aos selecionados.
Mais informações sobre o programa de estágios da FFIPP-Brasil podem ser encontradas no link http://ffippbrasildotorg.wordpress.com/inscricoes-2012/.
Sobre a FFIPP
Fundada em 2001, a Faculty for Israeli-Palestinian Peace foi criada com o objetivo de informar a comunidade acadêmica sobre as iniciativas da sociedade civil nas áreas de direitos humanos e de pesquisas relativas ao conflito entre israelenses e palestinos. Posteriormente, a rede passou a ser integrada também por estudantes de graduação e de pós.
Nascido em Israel, Yuri Haasz veio para o Brasil com 14 anos. Bolsista do Rotary Internacional, fez mestrado em Relações Internacionais, no Japão, com foco em Estudos de Paz e Resolução de Conflitos. Em 2010, durante seus estudos, participou do programa de estágio da FFIPP internacional e, este ano, trouxe a organização para o Brasil.
“Estamos levando o primeiro grupo [de estágio] e a ideia é levar também algumas pessoas de países vizinhos, como Argentina, Chile e Peru, que possam atuar como lideranças, para depois abrirmos [um braço da FFIPP] também nestes países”, conta. Hoje, a FFIPP tem unidades nos Estados Unidos, França e Holanda.
Além do programa de estágio, as atividades da FFIPP-Brasil incluem ainda a organização de palestras itinerantes. “Vamos trazer palestrantes dos territórios ocupados [da Palestina] e de Israel engajados em mudança social. Faremos as palestras em ambientes acadêmicos, centros culturais, comunidades e onde mais tiver abertura”, afirma Haasz. Segundo ele, os participantes do estágio também serão incentivados a expor suas experiências.
Os estudantes que integrarem o programa receberão apoio caso se interessem em produzir ensaios fotográficos, filmes de curta-metragem e textos sobre sua vivência durante o estágio. A ideia, revela Haasz, é montar exposições com estes materiais no Brasil.
Atualmente, a FFIPP-Brasil conta com o trabalho de dez voluntários, entre professores, estudantes e profissionais de comunicação. De acordo com Haasz, a rede está conversando com instituições públicas e privadas para buscar apoio financeiro.
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