quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Desafios da Mecanização: presidente da COOXUPÉ aponta as necessidades de avanços na lavoura para otimizar a produção cafeeira do país


Carlos Paulino da Costa participou de painel no Global Agribusiness Forum, evento que terminou na última quarta, 26, e contou com a presença do ex-vice-presidente dos EUA Al Gore
Com o objetivo de debater a logística, mecanização e otimização das lavouras brasileiras, o primeiro Global Agribusiness Forum, evento que trouxe renomados especialistas do agronegócio do mundo para falar dos desafios do setor para alimentar a população nos próximos anos, trouxe em um dos seus painéis o especialista australiano na área de mecanização, John Pearce, que dividiu o debate com o presidente da COOXUPÉ, Carlos Paulino da Costa, Luciano Luft, da LUFT Agro, Milton Xavier, Assessor de Logística do Estado de São Paulo e Julio Fontana, presidente da RUMO.
Carlos Paulino, no centro do debate, ao lado de Jonh Pearce e palestrantes

Pearce revelou aos participantes a necessidade de investimento em educação e qualificação de mão de obra para aumentar a produtividade e a competitividade no campo brasileiro, com a mecanização dos processos. “Desde 1973, a Austrália (país de sua origem) possui 100% da colheita de cana mecanizada. Temos menos mão de obra que o Brasil, mas conseguimos maior eficiência com este processo porque temos profissionais qualificados para atuar com este maquinário”, conta.
Trazendo a realidade da mecanização na lavoura de café, o presidente da COOXUPÉ complementou o quadro mostrando os avanços e os desafios da cafeicultura no país. “O café é um grande empregador. No ano passado, as exportações do grão equivaleram a 8 bilhões de dólares, mas os custos de sua produção estão cada vez mais caros por uma série de fatores, como aumento da inflação entre outros impactos que o encarecem principalmente durante a colheita. A solução para o produtor é mecanizar”, conta.
Paulino trouxe os desafios da mecanização nas lavouras de café de Minas Gerais  

Segundo Paulino, a própria cooperativa tem desenvolvido novas técnicas e investido em infraestrutura para otimizar e deixar o grão mais competitivo no mercado. “Estamos inaugurando no dia 18 de outubro a segunda fase do Complexo do Japy, empreendimento logístico desenvolvido pela cooperativa que tornará o processo de recebimento, armazenamento e distribuição de café mais ágil. Com ele, também vamos dobrar nossa capacidade atual de armazenar o grão”, revela.
Como conclusão, o presidente da COOXUPÉ acredita que um dos grandes desafios e necessidades para o pequeno produtor - cerca de 97% dos 12 mil cooperados são pequenos e médios cafeicultores – será o avanço rápido na mecanização, deixando o campo mais interessante para o produtor e evitando o êxodo para as grandes cidades. “Ao investirmos em mão de obra qualificada e processos vantajosos e eficientes na lavoura, a migração para as cidades tende a diminuir, trazendo mais competitividade para o meio rural”.
O evento teve no mesmo dia uma palestra com o ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore Jr., que trouxe para a plateia os desafios de produzir com sustentabilidade, um dos principais pilares do encontro.

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