segunda-feira, 3 de junho de 2013

A hipocrisia do império estadunidense

De 1990 para cá, não havendo mais comunistas, eles inventaram um novo “fantasma-inimigo”. Agora os inimigos são os terroristas

Brasil De Fato

Os capitalistas estadunidenses usam de todas as armas possíveis para enganar seu povo, iludir a humanidade e seguir fazendo suas ameaças a todos os que ousam colocar em risco suas taxas de lucro e seus privilégios.
O debate que aparece na imprensa internacional sobre a base militar de Guantánamo talvez seja o caso mais claro da hipocrisia da política do governo e do capital estadunidenses.
Mas antes, talvez seria bom recordar a história recente da política estadunidense. Entre a 1ª e a 2ª Guerras mundiais, assustavam seu povo com o perigo japonês. Só porque os japoneses queriam ter tantas riquezas quanto eles.
Mataram esse fantasma jogando uma bomba atômica desnecessária, quando a guerra na Europa já havia terminado e cobraram o custo de mais de 300 mil vidas humanas.
Depois da 2ª Guerra até a década de 1990, inventaram que os comunistas do Leste “comiam” todas as crianças brancas do mundo. Então para o combate ao comunismo valia tudo. Queimaram livros, filmes, chegaram até a condenar a morte um casal de cientistas americanos de origem judaica, pela suspeita de que poderiam ser simpatizantes da União Soviética.
Instalaram 803 bases militares distribuídas por todo planeta para nos vigiar.
Em 1965, provocaram e financiaram o assassinato de mais de 1 milhão de indonésios, pois temiam que o nacionalista Sukarno pudesse virar comunista. E até hoje está proibida qualquer literatura marxista naquele país.
Financiaram diversas guerras civis e atentados pelo mundo. Atacaram o Vietnã durante 11 anos, mas foram derrotados
Depois mudaram para a África. Financiaram o regime do apartheid na África do Sul. Isso até 1988!
Derrotados os principais focos de resistência popular, cuidaram então de derrotar a União Soviética jogando-a numa corrida armamentista estúpida, que retirou a maior parte do orçamento do estado e paralisou as conquistas sociais levando a derrocada do regime socialista. Pior, alguns ex-dirigentes comunistas se transformaram em bilionários capitalistas, como sempre sonharam os capitalistas dos Estados Unidos.
Em 1989, caiu o muro. A União Soviética e os comunistas pareciam haver desaparecidos. Era o fim da história, segundo seu escriba oficial Francis Fukuyama. Já sua Dama de Ferro, repetia a doutrina na Inglaterra, afirmando que não havia mais sociedade no mundo, apenas indivíduos. E os indivíduos deveriam cuidar de si próprios e aumentarem o consumo. Triste doutrina de uma dama que acabou só, doente, sem reconhecer nem mesmo os seus familiares.
De 1990 para cá, não havendo mais comunistas, eles inventaram um novo “fantasma-inimigo”. Agora os inimigos são os terroristas. E eles falam Árabes e são Muçulmanos!
Ledo engano. O maior terrorista da humanidade é o Estado governado por Barack Obama.
Quantos golpes de Estado organizaram no mundo, depois de 1990? Só na América Latina, tentaram derrubar o presidente Chávez (em 2002). Depois levaram o presidente Zelaya de pijamas para sua base militar em Honduras. No Paraguai, destituíram o bispo Lugo, porque que se opunha aos interesses da Monsanto.
No Oriente Médio e África, seguiram com suas agressões e guerras. Afeganistão, Paquistão, Líbia, Egito, Tunísia, Mali, Palestina, Somália, Sudão, Congo e Síria, foram alguns dos povos que pagaram um alto custo de vidas, por quererem ser soberanos.
Mataram sem nenhum julgamento sua própria criatura, Osama Bin Laden, cuja família era sócia nos negócios petroleiros com a família Bush.
Inventaram o avião não tripulado (Drones) que, guiado por satélites desde Washington, pode matar qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo, sem nenhum julgamento, prova ou direito de defesa, por uma simples decisão do império. E assim aconteceu com mais de 2.300 cidadãos, assassinados pelos aviões Drones, em apenas quatro países do Oriente Médio. Algum dia oxalá, poderemos saber qual a origem da enfermidade que levou a morte os líderes João Goulart, Arafat, Kirchner, e mais recentemente Hugo Chávez. Os métodos ficaram mais sofisticados do que aqueles usados para ceifar a vida de Patrice Lumunba, Agostinho Neto, Samora Machel, Malcom X, Olf Palme, General Torrijos, Jaime Roldos e tantos outros.
É nesse cenário de impunidade de um Estado-terrorista que o governo Bush criou a prisão ilegal na base de Guantánamo. Levaram para lá, sequestrados, sem nenhum processo ou julgamento centenas de ativistas muçulmanos.
Agora, Obama, diz que não tem meios para fechar legalmente a prisão. Santa hipocrisia. Tudo é ilegal lá, pela ordem jurídica mundial.
Essa mesma hipocrisia mantém presos nos Estados Unidos quatro cidadãos cubanos, porque lutavam contra os terroristas cubanos!
Basta de hipocrisia, Obama! Liberte todos os presos de Guantánamo. Feche-a e devolva seu território ao povo cubano.
Liberte os quatro prisioneiros cubanos presos em seu país. Fechem suas bases militares. Parem de aterrorizar o mundo. Vocês são a fonte de toda violência militarista que há no mundo.

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