sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Economia libanesa afetada por guerra na Síria



O governo libanês, pediu que o Banco Mundial, fizesse uma avaliação, e elaborasse um relatório, sobre como a guerra na Síria e o grande número de refugiados, tem afetado o Líbano, economicamente. 

O relatório de 172 páginas, mostrou detalhadamente, como e em que áreas, o número do fluxo de refugiados, e seu aumento, está afetando o Líbano, e também indicou, possíveis problemas futuros, caso a guerra continue até o ano que vem.

Segundo o Banco Mundial, cerca de 170 mil libaneses, podem se tornar parte da classe pobre do país.

Além do aumento do desemprego, onde se espera que em breve aproximadamente 250 mil pessoas, especialmente jovens, não poderão ingressar no mercado de trabalho, pois a competição será com libaneses e sírios.

Um outro problema apontado, é que houve um aumento de 40% na procura por assistência médica, e com a necessidade de mais prestação de serviços, ficou ainda mais difícil para que os pacientes obtenham um atendimento adequado, pois faltam recursos e vagas. É importante destacar que houve também um aumento acentuado de doenças transmissíveis. 

Já na área da educação, também há falhas, e a qualidade do ensino nas escolas públicas diminuiu.

Estima-se que os custos aumentaram, e que para a estabilização nas áreas da saúde e educação seriam necessários 1,6 bilhões de dólares.

E na falta de um aumento nas verbas, há um declínio tanto no acesso, como na qualidade da prestação de serviço público.

Mas não é só na educação, e na saúde, o turismo também foi afetado. Além de ter diminuído, pela primeira vez em anos, a maioria dos turistas do Líbano em 2013, vieram de países ocidentais, e não de países árabes, um fenômeno raro.

Em conclusão, ficou relatado, que o Líbano, não conseguirá resolver os problemas econômicos e sociais relacionados aos refugiados sírios. No entanto, os sírios que estão no Líbano, acabarão também se tornando consumidores. Pois nem todos os refugiados são de classe baixa, há famílias de sírios que estão em hotéis caros, ou que alugaram casas em bairros bons, mas ainda assim, essa é a grande minoria da população.

Há atualmente mais de um milhão de refugiados sírios no Líbano, mas registrados, 920 mil.

Chadia Kobeissi
Gazeta de Beirute


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