quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Assistência técnica incentiva e amplia produção quilombola


20/11/2013 04:10

Assistência técnica incentiva e amplia produção quilombola

Foto: Bulldog Estúdio

O aprendizado da comunidade quilombola é milenar, passado de geração para geração. Mesmo assim, a demanda por serviços de assistência técnica é necessária. Para isso, o Governo Federal tem lançado chamadas públicas de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), política coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), para atender essas comunidades e ajudá-las a incrementar a produção e, consequentemente, aumentar a renda dessa parcela da população.
Para o coordenador-geral de Políticas para Povos e Comunidades Tradicionais do MDA, Edmilton Cerqueira, os serviços destinados a quilombolas buscam fortalecer a comunidade e ampliar o processo de organização produtiva. “É importante porque povos e comunidades tradicionais clamam pelos serviços de Ater para consolidarem e ampliarem seu processo produtivo, que vai desde o processo da produção até a comercialização”, afirma.
Edmilton destacou que as famílias quilombolas são atendidas por técnicos, que respeitam as especificidades destes públicos e atuam de forma a estimular a inclusão de jovens e mulheres. “Milhares de famílias quilombolas de todo o Brasil são beneficiadas por essas chamadas específicas. Como os quilombolas são beneficiários do Plano Brasil sem Miséria, além da assistência técnica, as famílias recebem R$ 2,4 mil para fomento das atividades produtivas”, explica o coordenador.
Melhoria de vida
O mineiro Francisco Soares, 46 anos afirma ter encontrado um novo rumo para sua propriedade após a visita dos técnicos de Ater ao Quilombo do Gurutuba, no norte de Minas Gerais. O quilombola conta que a chamada de assistência técnica que contemplou a comunidade ajudou muito os moradores. “Nada mais justo que sermos acompanhados por um técnico. Somos agricultores familiares também. Queremos o acompanhamento para poder produzir”, avalia.
Casado e pai de três filhos, Francisco cultiva mandioca em sua propriedade. Ele conta que agora tem mais tempo para fazer outras coisas em casa. “As pessoas não tinham muito assessoria técnica, o trabalho era de cada um. Agora, com a assistência mudou muito. Obtive mais conhecimento, faço o trabalho em menos tempo e posso ficar mais com meus filhos e fazer outras coisas”, garante o mineiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário