As mudanças anunciadas ontem pelo governo estadual dividiram as opiniões tanto
de pesquisadores quanto dos sindicatos da categoria.
FÁBIO TAKAHASHI
FÁBIO TAKAHASHI
Para os críticos, a medida pode até piorar a situação na educação, pois a retenção eleva o risco de o estudante desistir da escola, apontam estudos na área.
Os apoiadores dizem que a possibilidade de reprovação faz com que estudantes se envolvam mais nos estudos.
"O primeiro ciclo é justamente o que tem tido melhores resultados", afirmou ela, que segue com pesquisas na área de educação.
Já a Udemo (sindicato dos diretores de escola, não ligado a centrais sindicais) entendeu ser positiva a mudança.
"O avanço não é a reprovação em si. Mas só a possibilidade de que isso ocorra faz com que o estudante fique cauteloso", disse o presidente do sindicato, Chico Poli.
A gerente da área técnica da ONG Todos pela Educação, Alejandra Meraz Velasco, também afirmou que são positivas as alterações apresentadas pelo governo.
"Essa é uma tendência no país todo, sugerida inclusive pelo Pnaic [programa do governo federal para melhoria da alfabetização dos estudantes]", afirmou Alejandra.
Ela afirmou, porém, que as alterações só terão efeito positivo se houver formação específica dos professores que atuam na recuperação dos alunos. "Ensinar a mesma coisa duas vezes, da mesma forma, tende a não ser eficiente."
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