A perspectiva de alta é um dos fatores que justificam o interesse crescente dos principais fabricantes da categoria pelo segmento de monodose – como também são conhecidos esses produtos. Quem já tem as cápsulas e sachês há mais tempo no portfólio confirma sua expansão. Na Master Blenders, o segmento tem sido impulsionado pelas vendas da Senseo, máquina de café lançada em 2010 em parceria com a Philips, cujo consumo dobra a cada ano, segundo Ricardo Souza, diretor de marketing da empresa. Ele ressalta que os sachês da marca Pilão, usados nesses equipamentos, trazem o sabor do café coado, diferentemente de outras opções do mercado. "Acreditamos que essa versão seja mais adequada ao paladar do brasileiro", explica o executivo. Para ele, esse nicho não vai substituir o café em pó, mas atrair aos supermercados um público que só consome café fora de casa.
Ela oferece 17 opções de blends (espresso, filtrado, etc.), cappuccino, chá e outras bebidas quentes.
Boas perspectivas para o futuro
Segundo pesquisa da consultoria Euromonitor, a expectativa é de que o segmento de monodose cresça cerca de 120% nos próximos cinco anos
O aumento do consumo também tem levado muitos supermercados a ampliar a área de cafés, abrindo espaço para cápsulas e sachês, além de outras versões de maior valor agregado. É o que fez o supermercado independente Papagaio, de Rio Claro, interior de São Paulo. "Incluímos o segmento de monodose para atender o perfil heterogêneo do nosso público, que vai desde a classe A até a D", afirma Carlos Friol, gerente da loja. Para dedicar mais espaço às novas variantes de café, o supermercado deslocou os bolos, que ficavam nesse corredor, para perto da padaria. A ideia é rentabilizar a categoria. Esse também foi o objetivo do Covabra, com 11 lojas no interior paulista, ao incluir os sachês e cápsulas no mix. "Dentro da categoria, o segmento é o de maior lucratividade", diz Vilma Rodrigues, gerente de compras. Ela lembra que uma caixa de sachê custa R$ 20, contra R$ 7 do café torrado de 250 g. Já na Coop, outra rede paulista, com 28 lojas, as versões monodose ainda representam muito pouco das vendas de cafés. Mas a meta é chegar a 50% em dois anos. Para isso, a rede aposta em ampliação do mix e ambientação da gôndola. O lucro compensará o investimento.
206 Milhões de reais - Foram as vendas de sachês e cápsulas no varejo nacional em 2012. Há quatro anos, a receita era de R$ 24,5 milhões
30% - Crescimento médio anual do segmento de monodose no Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário