segunda-feira, 25 de agosto de 2014

A mecanização dos bananais paulistas

Maior produtora de bananas do Brasil, a região do Vale do Ribeira vê a mecanização dos seus campos como a única alternativa para superar a falta de mão de obra e os custos de produção. Fábricas de tratores, como a Agritech, investem neste mercado.
A cidade de Cajati (SP), no Vale do Ribeira, é conhecida por ser a maior produtora de bananas prata do Brasil. Marcos Oishi, produtor da região, é um dos pioneiros na modernização da cultura e principalmente na maneira de se pensar a produção no Vale. Sua área hoje tem 280 hectares de bananeiras plantadas e Oishi sabe o custo que é produzir sem tecnologia e conhecimento. “É preciso mecanizar a cultura, buscando soluções junto à indústria. É preciso pensar junto para podermos mudar a bananicultura. Não podemos mais nos ver como bananeiros, precisamos nos enxergar como empresários”, afirma o produtor.
Oishi acredita que a mudança não é simples, pois esta é uma cultura que perdura por muitos anos, sempre feita da mesma forma. “É uma mudança difícil, que tem começado pelas grandes fazendas, mas que precisa se estender para todo o mercado”, afirma. Oishi possui em sua propriedade um trator Yanmar Agritech modelo 1155 que afirma ser sua grande joia. “Ele só me dá lucro. Não compacta o solo, é forte e econômico. A banana é uma planta frágil e somente pequenos tratores podem ajudar na manutenção do bananal”, explica.
A Agritech, empresa fabricante dos tratores e microtrtatores Yanmar Agritech, é uma das empresas que foca na mecanização de culturas menores, como a bananicultura, por exemplo. Este nicho de mercado, no entanto, exige conhecimentos específicos que somente companhias que atuam há muito tempo no setor conseguem compreender. “Temos modelos que atendem essas necessidades e podem suprir a falta de mão de obra pelo qual os produtores vêm passando em muitas etapas da produção. Nosso objetivo é mecanizar e levar tecnologia ao pequeno agricultor”, explica o gerente do departamento de vendas da Agritech, Nelson Watanabe.
Segundo o produtor de bananas nanica e prata da cidade de Registro (SP), Edson Hayashi, a mão de obra, atualmente, é o grande “gargalo” da produção. Hayashi acredita que os pequenos produtores estão sofrendo mais nos últimos anos. “Os pequenos estão perdendo espaço devido ao custo da produção. Acabam não conseguindo fechar uma carga cheia e perdem na negociação com o atravessador. É preciso se mecanizar”, explica.
A produção de bananas do Vale do Ribeira continua sendo uma das principais fontes de renda da região, e a banana, a segunda fruta mais consumida no mundo, segundo o IBGE, perdendo somente para a laranja. No Brasil, o IBGE afirma que são produzidos por ano mais de 6,8 milhões de toneladas da fruta e a maior parte deste volume abastece o mercado interno. O estado de São Paulo, apesar de não possuir a maior área de colheita, detêm, segundo os últimos levantamentos, a maior quantidade produzida no país, com 1,2 milhões de toneladas. A região do Vale do Ribeira é referência em tecnologia, produtividade e pioneirismo, mesmo ainda estando aquém de sua capacidade de mecanização. “Estima-se que no Vale do Ribeira existam cerca de 2,5 mil tratores. No entanto existe espaço para muito mais, principalmente tratores traçados”, conclui Eduardo França Takeshita, proprietário da Agrotratores, empresa especializada na manutenção de máquinas Yanmar Agritech no Vale do Ribeira.
Para saber mais: www.agritech.ind.br

Fotos para Download:

Mecanização no Vale do Ribeira
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Mecanização dos bananais supri mão de obra
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Bananais mecanizados
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