terça-feira, 19 de agosto de 2014

Central trabalhista exige apuração imediata e rigorosa de assassinato de sindicalista



Adital
A guerra motivada por conflitos agrários no Brasil fez mais uma vítima. Foi assassinada a tiros, na tarde da última quarta-feira, 13 de agosto,, a ex-presidenta do Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura de União do Sul, no Estado do Mato Grosso, Maria Lúcia do Nascimento. A dirigente morava no assentamento Nova Conquista 2, no mesmo município. Recentemente, Maria Lúcia e mais 25 famílias haviam recebido da justiça local a reintegração do assentamento à fazenda onde estava instalado, podendo permanecerem legalmente no local.
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) denuncia que tanto ela quanto as outras famílias assentadas e dirigentes do Sindicato de Trabalhadores na Agricultura local já haviam sofrido ameaças do dono da fazenda, Gilberto Miranda, registradas em Boletins de Ocorrência e em atas de denúncias feitas diretamente ao ouvidor agrário nacional, desembargador Gercino José da Silva Filho. As ameaças foram testemunhadas, inclusive, por oficiais de justiça. O crime foi cometido dentro do assentamento, e testemunhas afirmam que o executor dos disparos foi um funcionário do fazendeiro, que, há dias, já rondava a região com uma arma de fogo à mostra, intimidando as famílias.
De acordo com a CTB, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) trabalha diretamente com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para que o caso seja apurado pelas autoridades o mais rápido possível. O secretário de Política Agrária da Contag, Zenildo Xavier, acompanha pessoalmente o caso. "É o nosso papel denunciar e fazer com que esse assassino e o mandante vá para a cadeia. É inadmissível essa situação, que acontece em vários estados. Onde isso vai parar? Trabalhadores estão morrendo, outros sofrem ameaças e seus executores e ameaçadores estão ficando impunes”, declara o secretário.

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