terça-feira, 16 de junho de 2015

Tecnologias sociais de acesso à água são replicadas pelo governo da Bolívia

16/06/2015 18:14
Experiência brasileira que possibilitou a convivência do sertanejo com a
 estiagem está mudando a vida de famílias de dois municípios bolivianos

Brasília, 16 – A experiência brasileira que possibilitou a convivência do sertanejo 
com a estiagem está mudando a vida de famílias de dois municípios bolivianos - 
Bentanzos e Tarabuco -, localizados em regiões semelhantes ao Semiárido brasileiro
 e que chegam a ficar até oito meses sem chuva. A extrema pobreza é alta nesses 
municípios. Em Tarabuco, por exemplo, 93,5% da população são extremamente pobres.

A transformação está sendo possível graças à cooperação do governo brasileiro
 com o governo da Bolívia, por meio do Ministério do Desenvolvimento Social e 
Combate à Fome (MDS) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE), em 
parceria com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).

A parceria permitiu que o governo da Bolívia conhecesse a experiência brasileira 
e, a partir daí, foram construídas 350 cisternas de placa na zona rural dos municípios 
bolivianos. Nesta semana, a diretora do Departamento de Fomento e Estruturação da
 Produção do MDS, Rocicleide da Silva, algumas comunidades na Bolívia que foram 
atendidas com cisternas. A ação marca o encerramento do projeto de cooperação 
técnica, quando serão avaliados os resultados.

Rocicleide explica que a tecnologia social brasileira começou a ser replicada em 
2003, com a criação do Programa Cisternas. O programa integra um conjunto de
 políticas públicas que foram determinantes para a saída do Brasil do Mapa da 
Fome, segundo a FAO. “Essas ações que promoveram a segurança alimentar 
e nutricional da população mais pobre são agora referência para outros países, 
como a Bolívia e o Paraguai”, destaca.

Segundo a diretora, as cooperações técnicas com esses dois países incluem 
intercâmbios e ações para a implementação de políticas de segurança alimentar 
e nutricional, como é o caso das cisternas - soluções simples para captar e 
armazenar água da chuva. Assim, as famílias têm acesso à água de qualidade 
para beber e cozinhar.

O acordo com a Bolívia, por exemplo, envolveu a capacitação de pedreiros e 
gestores feita por uma delegação brasileira em agosto de 2013. Antes disso,
em abril do mesmo ano, os bolivianos acompanharam a construção de 
cisternas em Caruaru (PE). Depois do treinamento, as comunidades foram 
mobilizadas e ajudaram a construir as cisternas (aljibes, em espanhol) até o 
final do ano passado.

Experiência  José Roberto da Silva é mobilizador social da Diocese Caruaru,
 entidade filiada à Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), uma das entidades 
executoras do Programa Cisternas. Ele esteve na Bolívia para participar da 
capacitação da comunidade local. Segundo o mobilizador, o que mais o 
impressionou foi a emoção das famílias ao saber que receberiam as cisternas.
 “Não precisou de muita mobilização para convidar as pessoas para participar
 da construção. Estavam todos motivados e admirados com a tecnologia social 
que é fácil de construir”, disse José Roberto.

Ele ressalta a semelhança entre o projeto de cooperação e o Programa 
Cisternas, do governo federal. “Os mais carentes foram priorizados. 
Essas cisternas vão dar mais qualidade de vida para eles como têm 
dado para a população do Semiárido”, completou.

Informações sobre os programas do MDS:
0800-707-2003
mdspravoce.mds.gov.br 

Informações para a imprensa:
Ascom/MDS
(61) 2030-1021
www.mds.gov.br/saladeimprensa

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