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Rede Brasil Atual
"A legislação brasileira para os atingidos por barragens é péssima. Os atingidos têm sido vítimas. Ela só é boa para as empresas, que, em qualquer situação de desequilíbrio econômico, no caso de companhias de eletricidade, elas aumentam as contas para garantirem sua lucratividade”. Assim, Gilberto Cervinsk, coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), classifica, em entrevista à TVT, o panorama legal dos impactos dessas estruturas na sociedade.
O MAB atua há 20 anos organizando populações que sofrem com os malefícios das barragens, para que consigam garantias perante à lei. O Movimento, que trabalha costumeiramente em locais de construções de usinas hidrelétricas, vem intervindo na tragédia do rompimento das duas barragens da Samarco [mineradora da Vale e BHP Billiton], em Mariana [Estado de Minas Gerais].
"Nossa atuação é para organizar esse povo a se unirem e lutarem por seus direitos, pois nossa experiência histórica diz que, sem organização e união, o povo acaba ficando na história como vítima, sem solução”, explica Cervinski.
O desastre de Mariana despejou mais de 6 milhões de metros cúbicos de lama tóxica na bacia do rio Doce, que abrange uma área entre Minas Gerais e Espírito Santo. Os problemas devem persistir durante muito tempo, como esclarece o coordenador. "A enxurrada destruiu comunidades, causando mortes, matança de peixes e deixando 1 mil pessoas desabrigadas, além de 1.700 pescadores sem fonte de renda”.
As perspectivas para futuros problemas relacionados à barragens não são positivas, na visão de Cervinsk. "Nossa avaliação é de que 250 mil pessoas devem ser atingidas por barragens, nos próximos 10 anos”, alerta. "Existem várias barragens que oferecem riscos. A própria Samarco tem mais uma barragem, chamada Germano, quatro vezes maior do que as que estouraram e com risco de estourar. Ela já tem rachaduras. Se essa barragem romper, 200 milhões de metros cúbicos vão se espalhar”, conclui.
Veja a íntegra da entrevista na TVT, a TV dos Trabalhadores:
"A legislação brasileira para os atingidos por barragens é péssima. Os atingidos têm sido vítimas. Ela só é boa para as empresas, que, em qualquer situação de desequilíbrio econômico, no caso de companhias de eletricidade, elas aumentam as contas para garantirem sua lucratividade”. Assim, Gilberto Cervinsk, coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), classifica, em entrevista à TVT, o panorama legal dos impactos dessas estruturas na sociedade.
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| Gilberto Cervinsk, coordenador do MAB. |
O MAB atua há 20 anos organizando populações que sofrem com os malefícios das barragens, para que consigam garantias perante à lei. O Movimento, que trabalha costumeiramente em locais de construções de usinas hidrelétricas, vem intervindo na tragédia do rompimento das duas barragens da Samarco [mineradora da Vale e BHP Billiton], em Mariana [Estado de Minas Gerais].
"Nossa atuação é para organizar esse povo a se unirem e lutarem por seus direitos, pois nossa experiência histórica diz que, sem organização e união, o povo acaba ficando na história como vítima, sem solução”, explica Cervinski.
O desastre de Mariana despejou mais de 6 milhões de metros cúbicos de lama tóxica na bacia do rio Doce, que abrange uma área entre Minas Gerais e Espírito Santo. Os problemas devem persistir durante muito tempo, como esclarece o coordenador. "A enxurrada destruiu comunidades, causando mortes, matança de peixes e deixando 1 mil pessoas desabrigadas, além de 1.700 pescadores sem fonte de renda”.
As perspectivas para futuros problemas relacionados à barragens não são positivas, na visão de Cervinsk. "Nossa avaliação é de que 250 mil pessoas devem ser atingidas por barragens, nos próximos 10 anos”, alerta. "Existem várias barragens que oferecem riscos. A própria Samarco tem mais uma barragem, chamada Germano, quatro vezes maior do que as que estouraram e com risco de estourar. Ela já tem rachaduras. Se essa barragem romper, 200 milhões de metros cúbicos vão se espalhar”, conclui.
Veja a íntegra da entrevista na TVT, a TV dos Trabalhadores:
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