segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Brasil: importações de carne ovina uruguaia (de jan a ago) cresceram 33,8% comparado a 2011



Por Raquel Maria Cury Rodrigues (FarmPoint)
postado em 21/09/2012

De janeiro a agosto desse ano, o Brasil importou do Uruguai 2.977 toneladas de carne ovina, crescimento de 33,84% quando comparado ao mesmo período de 2011. Os cortes que o Brasil prioritariamente importou são peças não desossadas congeladas e carnes desossadas congeladas. Além delas, houve um quantidade significativa de carcaças e meias carcaças frescas, refrigeradas e congeladas. No total, em agosto, o Brasil importou 413,4 toneladas (Gráfico 1).

De acordo com o Inac (Instituto Nacional de Carnes do Uruguai), no período de 01 de janeiro a 08 de setembro de 2012, as exportações totais de carne ovina expressa em peso com osso do Uruguai foram de 9.424 toneladas, 8,4% a mais do que no mesmo período do ano anterior, quando foram exportadas 8.691 toneladas. Os principais mercados foram, em ordem de importância, Mercosul, União Europeia (UE) e China, concentrando 69% do total.

O número de cabeças abatidas nos estabelecimentos habilitados a nível nacional foi de 506.803 com as ovelhas representando 23% do total, os capões 12% do total e os cordeiros, 59% do total.

Devido a retenção de matrizes e o consumo crescente de carne ovina não só nas churrascarias como também nos supermercados, as exportações ao Brasil aumentaram esse ano.

De acordo com a Emater/RS, embora o inverno tenha sido rigoroso, foi baixa a mortalidade dos animais. Portanto, deverá haver boa oferta no final deste ano. O índice de natalidade do rebanho ovino também foi alto e houve baixa mortalidade de cordeiros nascidos. O estado corporal dos ovinos debilitados ao longo do inverno está em recuperação, pois o campo nativo reiniciou a brotação e as pastagens cultivadas aprestam boa produção de massa verde, propiciando boas condições de engorda e desenvolvimento dos cordeiros.

Gráfico 1 - Quantidade de carne ovina importada do Uruguai de janeiro a agosto de 2012 (Dados MDIC, elaboração FarmPoint).



Em agosto, o quilo da peça não desossada congelada custou US$ FOB 6,38 e o quilo da carne desossada congelada US$ FOB 8,29. A média de preços das peças não desossadas no período de janeiro a agosto desse ano foi de US$ FOB 5,47 e das carnes desossadas foi de US$ FOB 8,44 (Gráfico 2).

Em 2011, a média de preço por quilo das peças não desossadas congeladas fechou em US$ FOB 6,70 e das carnes desossadas congeladas em US$ FOB 8,41, o que demonstra pouca variação de preço comparado aos valores desse ano.

Gráfico 2 - Valores por kg das peças não desossadas congeladas e das carnes desossadas congeladas de janeiro a agosto de 2012 (Dados MDIC, elaboração FarmPoint).



Em valores totais (não apenas para o Brasil), as exportações de carne ovina uruguaia no período (01 de janeiro a 08 de setembro de 2012) foram de US$ 40,004 milhões, 6,6% a menos que no mesmo período do ano anterior, quando foram exportados US$ 42,846 milhões. O valor gerado pelos países que formam a UE, o Mercosul, junto com a Jordânia, representa 74% do total exportado em dólares.

Argentina e Chile

A Argentina exportou para o Brasil de janeiro a agosto 190 toneladas de carne ovina, crescimento de 102,88% comparado ao ano passado e o Chile exportou 114 toneladas, queda de 57,21% comparado ao ano passado.

O principal exportador de carne ovina para o Brasil é o Uruguai, porém, desde 2011, o Brasil retomou as importações argentinas e chilenas buscando suprir a demanda constante pelo produto.

Elaboração FarmPoint com dados do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e INAC (Instituto Nacional de Carnes do Uruguai).

Nenhum comentário:

Postar um comentário