segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Encontro na FIEB debateu os desafios do segmento industrial cafeeiro






O consultor do SENAI, Silmar Nunes, falou sobre o apoio da entidade na elaboração
de projetos para concorrer nos editais de fomento à inovação. Fotos: João Alvarez/Sistema FIEB.

Linhas de crédito, de fomento à inovação e atuais desafios do segmento industrial cafeeiro foram tema da Reunião Regional Bahia da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), realizada nesta quinta-feira (30), na sede da FIEB.  O evento, que reuniu representantes do Sebrae, Caixa Econômica, Banco do Nordeste, Sindicato das Indústrias de Café do Estado da Bahia (Sincafé) e o secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, foi uma oportunidade para se discutir demandas e alternativas para o aumento da competitividade.

Representantes da ABIC, Sebrae e FIEB participaram do debate.

De acordo com o presidente da ABIC, Américo Sato, as condições de competitividade mudaram com a desoneração do PIS/COFINS criando novos desafios para os pequenos e médios produtores. Além disso, o mercado consumidor cresceu e ficou muito mais exigente, demandando novos investimentos dos empresários. “É preciso que as agências financiadoras de crédito disponibilizem recursos sem tantos rigores, com maior flexibilidade para o pequeno e o médio, que são os que mais precisam de capital”, defendeu.

Na Bahia, este ano, o segmento enfrenta um problema a mais: a seca. “A produção foi bastante reduzida encarecendo o café local, o que pressionou os torrefadores e o preço ficou incompatível com a escala dos pequenos e médios empresários”, disse o presidente do Sincafé, Antônio Almeida.

Uma das formas de acessar recursos para o investimento em melhorias técnicas e inovação é concorrer aos editais de fomento. Neste sentido, o SENAI Bahia oferece consultoria para os empresários que desejam pleitear essas verbas, mas não sabem como fazê-lo. “Sobram recursos de editais, mas é preciso se capacitar para apresentar bons projetos”, afirmou o consultor do Núcleo Estratégico do SENAI, Silmar Nunes.

As consultorias e convênios são uma forma de viabilizar melhorias em processos e produtos ainda pouco conhecidas de muitos empresários do segmento. Quem já utilizou estes serviços, no entanto, não se arrepende. O diretor presidente do Café Ticiana, Juarez Correia, teve a embalagem do seu produto remodelada por uma equipe de técnica do Sebrae Tech em parceria com a Associação Brasileira de Embalagens em 60 dias. “Relançamos há menos de 30 dias e todo mundo têm comentado que está mais moderna e bonita”, comemora. A expectativa é que a nova roupagem alavanque as vendas.

De acordo com o coordenador de projetos do Sebrae nacional, Ênio Queijada, o mercado está aquecido e novas possibilidades de negócio vão surgir com a realização da Copa 2014. “A estimativa é que 129 mil litros de café sejam consumidos em 30 dias, só durante o evento”, disse. No entanto, para garantir participação, os empresários precisam investir em profissionalização da gestão, qualidade e certificações.

Uma boa ocasião para discutir estas e outras questões de interesse do segmento, além de participar de rodadas de negócio será durante o 20º Encontro Nacional das Indústrias de Café (Encafé), o maior evento do nosso setor no Brasil, que este ano acontecerá no Iberostar Bahia, de 28 de novembro a 02 de dezembro. Outras informações no site da ABIC (http://www.abic.com.br).

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