segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Ipea processa a nova PNAD em "A Década Inclusiva"



Análise mostra as principais inovações na pobreza e na desigualdade até 2012
Acompanhar indicadores sociais baseados em renda domiciliar per capita brasileiros até o começo da década passada era um exercício frustrante. A alta desigualdade brasileira comportava-se desde 1970 como se fosse uma constante da natureza, enquanto a renda média flutuava ao sabor de choques externos e de políticas internas em torno da tendência nula assumida nas chamadas décadas perdidas.
A partir de 2001, a desigualdade, medida pelo índice de Gini, cai entre todas as sucessivas Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios (PNADs) da década, de forma que chegamos ao nível mais baixo da série histórica, que começa no Censo de 1960. O crescimento de renda e da renda do trabalho, em particular o emprego formal, volta com força a partir do fim da recessão de 2003, o que gerou impactos cumulativos sobre os níveis de pobreza e de bem estar social.
Agora, finda a primeira década do século, no sentido gregoriano da palavra, pela PNAD 2011 recém-lançada, o que podemos dizer de medidas sociais baseadas em renda nos últimos anos? Qual é o comportamento da pobreza vis-à-vis os compromissos fixados nos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio da Organização das Nações Unidas (ONU)? Quais são os papéis desempenhados pelo crescimento de renda e pela redução da desigualdade de rendaper capita na redução da pobreza observada? Como se comportou a renda de diferentes segmentos da população divididos por educação, idade, região, etc? Qual o papel das diferentes fontes de renda domiciliares no processo de desconcentração de renda com crescimento observado? Em particular, qual o papel desempenhado por diferentes políticas de renda, como a expansão de transferências de renda, a começar pelo Bolsa Família e pelos reajustes do salário mínimo e seus impactos sobre os benefícios previdenciários e assistenciais?
O principal objetivo deste estudo é responder a estas perguntas para o caso brasileiro durante a primeira década do século XXI, complementados por dados inéditos até agosto de 2012.
Para saber mais sobre o progresso e percalços sociais do Brasil a partir da nova PNAD, lançada na última sexta-feira, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lança amanhã, terça (25), às 11 horas, em Brasília (SBS, Quadra 1, Bl J. Edifício BNDES/Ipea, auditório do subsolo), — o Comunicado nº 155 – A Década Inclusiva (2001-2011): Desigualdade, Pobreza e Políticas de Renda. A apresentação será feita pelo presidente do Ipea, Marcelo Neri, com transmissão ao vivo pelo www.ipea.gov.br.

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