O primeiro desses encontros será no Palácio Anchieta, em Vitória. Na sequência, Conceição da Barra,Itapina (distrito de Colatina), Santa Leopoldina, São Mateus, Muqui e São Pedro de Itabapoana(distrito de Mimoso do Sul) sediarão o Seminário. Essa mobilização e ampla discussão, que serãorealizadas até dezembro, fazem parte do processo de construção de um programa estadual deeducação patrimonial cuja implementação garantirá a preservação da memória e a valorização daidentidade capixaba.
A subsecretária de Estado de Patrimônio Cultural do Espírito Santo, Joelma Consuêlo Fonseca e Silva, explica que a necessidade de estratégias para a proteção patrimonial foi percebida de maneira emergencial com as enchentes ocorridas no Estado no final do ano de 2011. “Alguns museus, por exemplo, sofreram com as enchentes e até foram alagados, enquanto outros tiveram os acervos prejudicados devido à má conservação dos edifícios”, conta a subsecretária.
A partir do levantamento prévio da situação atual dos meios de preservação existentes ainda foram identificados problemas relacionados ao patrimônio material. Grande parte dos bens móveis que constitui acervo de bibliotecas, museus, arquivos públicos e patrimônios edificados no Estado não está inventariada ou digitalizada. Isso dificulta a recuperação de informações e implica em risco para a memória.
A paisagem cultural, tema bastante discutido no Estado durante o ano de 2012, também precisa de normas e de mecanismos que evitem sua descaracterização. A maioria dos pequenos municípios, por exemplo, não possui sua própria brigada de incêndio o que os torna dependentes da unidade do Corpo de Bombeiros de cidades vizinhas.
O que é risco?
O Seminário baseia-se na ideia de risco, o que inclui uma série de fatores que vão para além da segurança contra furto, vandalismo e depredação. Isso significa que, além dos monumentos arquitetônicos e naturais e dos bens materiais móveis, os bens imaterais também fazem parte do patrimônio de um lugar (práticas e saberes tradicionais e populares, festas e ritos etc). Todos eles possuem riscos específicos que devem ser evitados a fim de garantir a sua preservação. É dever dos órgãos que trabalham com o patrimônio cultural em suas diversas vertentes iniciar essa discussão junto ao público, para que este também execute ações que visem à proteção e ao cuidado.
Ações de salvaguarda são aquelas que garantem a viabilidade do bem cultural. Em muitas circunstâncias, trata-se de oferecer apoio e incentivos uma vez que, há tempos, a própria dinâmica das práticas e processos culturais já vêm criando as condições para sua continuidade, como, por exemplo, por meio de formas de transmissão informal entre gerações. Em outras situações, o patrimônio cultural pode estar em perigo, exigindo assim intervenções rápidas para evitar seu desaparecimento.
O Seminário Patrimônio Cultural e Riscos é uma realização da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo (Secult) e conta com apoio do Instituto Sincades, Instituto Brasileiro de Museus e do Ministério da Cultura. As inscrições para o Seminário são gratuitas e podem ser feitas pelo email educacaopatrimonail@secult.es.gov.br e pelo telefone (27) 3636-7121. As vagas são limitadas.
Informações à Imprensa: Assessoria de Comunicação/Secult Paula Norbim e Paulo Gois Bastos Tel.: (27) 3636-7110 comunicacao@secult.es.gov.br imprensa@secult.es.gov.br www.secult.es.gov.br
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