Os refugiados sírios no Líbano vêm estimulando o crescimento no consumo de produtos básicos e alimentos, principalmente os alimentos industrializados no país, que tiveram que aumentar sua produção para atender a demanda. Esta demanda no consumo de alimentos enlatados abrange 2 milhões de consumidores, e estima-se que o número de refugiados sírios no Líbano, em torno de 1 milhão, represente boa parte desses consumidores.
O aumento neste setor atinge 23%, dos 45% da produção nacional, e do restante utilizado para exportação, e as vendas neste ano, provavelmente ultrapassarão os US$280 milhões obtidos no ano passado, aos fabricantes e embaladores de dezenas de produtos das fábricas localizadas no Monte Líbano, no norte e também no Vale do Bekka.
As fábricas de processamento de alimentos do país, talvez configure o único setor, que diante da crise, vem apresentando crescimento econômico. Os produtos enlatados, como feijão, fava, grão de bico, hommos, produtos derivados de sementes de gergelim (tahine e halva), refrigerantes, especiarias, nozes, sucos, picles, compotas, nos últimos 18 meses, apresentou um crescimento que continua em curso, não apenas por parte dos residentes, como também dos refugiados, e das organizações humanitárias da ONU e ONGs.
Diante da tamanha demanda, as fábricas recusaram-se a aderir a greve convocada pelos comitês econômicos no início do mês, visto que eles possuem grande quantidade de produtos a serem entregues, e suspender as operações, nesse momento de crescimento, não seria favorável, até porque não existe concorrência, o que torna a situação ainda mais positiva a manter as operações em pleno funcionamento.
O Sindicato da Industria de alimentos libaneses acredita que a crise síria, contribuiu para o aumento da capacidade produtiva local e sua expansão regional, porém o país não tem conseguido atrair os produtores sírios, que não conseguem transferir suas operações para o Vale do Bekaa, por exemplo, em virtude do alto custo, o que iria interferir nos custos internacionais.
Alguns produtores têm transferido suas instalações para a Jordânia, e exportando seus produtos, ainda que com rótulos sírios, e assim, têm a oportunidade de competir com o Líbano, pelo menos no mercado externo.
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