terça-feira, 17 de setembro de 2013

Preço do leite deve se manter alto até o fim do ano


postado há 1 dia atrás

Fatores conjunturais e climáticos, que provocaram grande baixa nos estoques da indústria e nos pontos de vendas, levam à certeza de que os preços do Leite Longa Vida devem se manter nos níveis atuais por mais tempo do que se esperava, segundo análise da Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV). Mesmo diante da entrada no mercado da safra da região sul, o que fez com que a oferta de matéria-prima (leite cru) atingisse seu momento pleno para o período, o volume continua insuficiente para alterar o cenário de custos da cadeia produtiva.

Nilson Muniz, diretor da ABLV, afirma que “o preço da matéria prima é o maior já registrado desde 2007”. Ele atribui a elevação de preços a fatores conjunturais e, no Brasil, especialmente à condição climática dos últimos três anos, adversa para a produção de leite já que causa fortes impactos no ciclo produtivo dos animais e afeta as condições das pastagens. “Soma-se a isso a valorização do leite no mercado mundial, com preços superiores a US$ 5 mil a tonelada, quase o dobro do valor de 2012, quando a tonelada saia por US$ 2,8 mil”, afirma Muniz.

Tais fatores levam a uma projeção de manutenção nos preços aplicados atualmente pelo menos até o fim do ano, quando se espera um aumento da oferta de leite cru, se as condições climáticas forem mais favoráveis.

Vendas maiores – O consumo de Leite Longa Vida aumentou 3,9% de janeiro a junho, em comparação ao ano anterior, desempenho que já projeta para 2013 um crescimento de vendas acima dos 4% inicialmente previstos, segundo a ABLV. Considerando-se que o segmento apresentou números bastante positivos nos anos anteriores (6,7% em 2011 e 5,3% em 2012), e que a categoria tem uma penetração nos lares brasileiros de 88%, o desempenho esperado para 2013 é tido como altamente significativo.

O crescimento nas vendas se mantém alicerçado no aumento da renda média das famílias, na substituição do leite pasteurizado pelo Longa Vida (UHT), bem como pela migração contínua ao segmento de consumidores que deixam de usar o leite informal, cujo consumo vem caindo significativamente nos últimos anos. Muniz lembra que a indústria de leite longa vida é o destino de cerca de 30% do leite inspecionado do Brasil, com uma produção anual de 6,13 bilhões de litros – um negócio de aproximadamente R$ 14 bilhões de reais. Hoje, o leite longa vida representa 78% de leite líquido consumido no País.

Consumo dos últimos 20 anos – Dados históricos mostram que o consumo per capita de lácteos como um todo cresceu cerca de 60% nos últimos 20 anos, passando de pouco mais de 100 litros por habitante para 172 litros em 2012. Já o consumo per capita de leite branco, também chamado de leite de consumo, cresceu 70% nesses mesmos 20 anos, saindo dos 31 litros para os atuais 53 litros por habitante/ano. E o leite longa vida teve uma evolução espetacular nesse mesmo período. De um volume anual da ordem de 450 milhões de litros, saltou para os mais de 6 bilhões de litros em 2012.

As informações são da Assessoria de Imprensa da ABLV.

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